Nova onda de calor no Brasil

15:00 | Mar. 17, 2024

Por: AFP

Uma nova onda de calor atinge o Brasil, com temperaturas recordes que levaram neste domingo(17) os moradores do Rio de Janeiro e São Paulo a buscar refúgio em praias e parques.

Na zona oeste do Rio a sensação térmica chegou aos 60,1°C no sábado, o máximo desde que o Sistema Alerta Rio começou a fazer esta medição em 2014.

O recorde anterior na região foi em novembro de 2023, com 59,7°C.

Neste domingo, os termômetros marcavam entre 37 e 38 ºC na maior parte da cidade. Mas o Alerta Rio avisou que poderiam subir até 42 ºC.

As emblemáticas Ipanema e Copacabana lotaram, enquanto as autoridades divulgavam orientações para enfrentar as altas temperaturas.

Muitos cariocas também se refugiaram no Parque Nacional da Tijuca, no coração da cidade.

Em São Paulo, moradores lotaram parques e praças.

"Antigamente não tinha um calor desse, né? Agora mudou bastante, de uns tempos pra cá", disse à AFP Vanuza Maria Estevan, de 40 anos.

Muitos habitantes do estado seguiram para o litoral, o que causou grandes engarrafamentos no entorno da capital no sábado, com filas de até 20 quilômetros, segundo a imprensa local.

Já no Sul, chuvas fortes causaram estragos e continuarão na próxima semana, segundo as autoridades.

A agência de informações meteorológicas MetSul informou neste domingo que a semana será de risco muito elevado no Centro-Sul do Brasil devido a temporais intensos. E alertou a para uma frente fria que chegará com chuvas torrenciais e possíveis vendavais.

A MetSul indicou que volumes excepcionalmente elevados, de até 300 milímetros, foram registrados em alguns locais do sul do Rio Grande do Sul.

A Prefeitura de Uruguaiana, o mais afetado do estado divulgou imagens de ruas alagadas e ônibus submersos.

Em fevereiro, o Rio Grande do Sul enfrentou altas temperaturas devido a uma cúpula de calor extremo procedente da Argentina.

Especialistas atribuem estes fenômenos e a instabilidade meteorológica à mudança climática e ao agravamento do fenômeno El Niño.

Cientistas estimam que as atuais temperaturas globais sejam cerca de 1,2ºC mais elevadas do que em meados do século XIX, causando um aumento de inundações, secas e ondas de calor.

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