Papa pede negociação para acabar com guerra na Ucrânia

"Com quantas mortes isso vai terminar?", disse o Pontífice em entrevista a uma rádio televisão suíça. O conflito entre Rússia e Ucrânia completou dois anos em 24 de fevereiro

O papa Francisco instou as partes em conflito na Ucrânia a negociar "antes que as coisas piorem", em uma entrevista divulgada neste sábado, 9, pela televisão suíça.

"Acredito que são mais fortes aqueles que veem a situação, que pensam no povo, que têm a coragem de levantar a bandeira branca e negociar", declarou o papa durante uma entrevista à rádio televisão suíça RTS, realizada no início de fevereiro.

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"A palavra negociar é uma palavra corajosa. Quando você vê que está derrotado, que as coisas não vão bem, precisa ter a coragem de negociar", acrescentou.

"Dá vergonha, mas com quantas mortes isso vai terminar?", continuou o jesuíta argentino, de 87 anos.

"Hoje, por exemplo, na guerra da Ucrânia, há muitos que querem atuar como mediadores. A Turquia se ofereceu para isso. E outros. Não tenham vergonha de negociar antes que as coisas piorem", instou.

O presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, afirmou na sexta-feira que seu país estava disposto a sediar conversas de paz entre Kiev e Moscou, após uma reunião com seu contraparte ucraniano, Volodimir Zelensky, em Istambul.

Nas primeiras semanas da guerra, que começou com a invasão russa da Ucrânia em 24 de fevereiro de 2022, a Turquia havia sediado negociações de paz entre os dois países, mas elas fracassaram.

Os jornalistas também perguntaram sobre a guerra entre Israel e o movimento islamista Hamas na Faixa de Gaza.

"A guerra é feita por dois, não por um. Os irresponsáveis são esses dois que fazem a guerra", respondeu.

 

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