MP de Honduras confisca bens de ex-policial acusado de tráfico de drogas nos EUA
13:29 | Mar. 04, 2024
O Ministério Público de Honduras confiscou oito propriedades e outros bens do ex-policial Mauricio Hernández Pineda, primo do ex-presidente hondurenho Juan Orlando Hernández, acusado de tráfico de drogas nos Estados Unidos, informou a instituição nesta segunda-feira (4).
Através da Procuradoria Especial contra o Crime Organizado e da Agência Técnica de Investigação Criminal "foram realizadas quatro incursões domiciliares nos [departamentos de] Cortés e Copán" e "apreensões de 37 bens considerados de origem ilícita", observou.
Oito imóveis, dois veículos e 27 produtos financeiros (contas bancárias ou depósitos) foram apreendidos na operação policial denominada "El Primo" e "estavam registrados em nome de Mauricio Hernández Pineda, que se declarou culpado no Tribunal do Distrito Sul de Nova York, nos Estados Unidos, em 2 de fevereiro de 2024, por acusações relacionadas ao tráfico de drogas", acrescentou.
A Procuradoria de Nova York acusou Hernández Pineda, junto com seu primo - o ex-presidente (2014-2022) - e Juan Carlos Bonilla, ex-diretor da Polícia Nacional de Honduras, de conspirar para traficar cocaína de países produtores da América do Sul para os Estados Unidos.
O transporte da droga foi realizado em conjunto com o cartel mexicano de Sinaloa, então liderado por Joaquín "el Chapo" Guzmán, condenado à prisão perpétua nos Estados Unidos pelo mesmo crime, segundo testemunhas no julgamento contra o ex-presidente Hernández.
O julgamento contra Hernández começou em 12 de fevereiro em Nova York e continua esta semana.
O Tribunal de Nova York decidiu unificar o julgamento contra os três hondurenhos, mas Hernández Pineda e Bonilla declararam-se culpados, portanto apenas o ex-presidente foi levado a julgamento.
O tribunal superior proferirá a sentença contra Hernández Pineda em 2 de maio e a de Bonilla em 25 de junho.
Honduras enviou promotores ao julgamento em Nova York para "exercer ações penais" contra os hondurenhos condenados, segundo comunicado do MP.
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