Serial killer tem execução adiada após 8 tentativas de injeção letal
Condenado a mais de 40 anos, o serial killer estadunidense Thomas Eugene Creech passou por oito tentativas de injeções letais, todas sem sucessoO serial killer Thomas Creech é o preso no corredor da morte há mais tempo em Idaho, nos Estados Unidos. Creech seria executado nessa quarta-feira, 28. No entanto, a equipe médica não conseguiu estabelecer uma veia para inserir o acesso intravenoso para a injeção letal.
Foram estas as explicações que o Idaho Department of Corrections (IDOC) — local onde Creech seria executado — compartilhou.
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Segundo o ABC News, a equipe médica designada para administrar a injeção letal não conseguiu estabelecer uma linha intravenosa, impedindo o prosseguimento da execução.
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Josh Tewalt, diretor do Idaho Department of Correction, disse que sua equipe médica tentou estabelecer um acesso intravenoso por oito vezes seguidas, usando “múltiplos membros e apêndices”, mas todas as tentativas falharam.
Seis funcionários do estado de Idaho, incluindo o procurador-geral, e quatro repórteres observaram enquanto um trio de médicos tentava repetidamente — e falhava — estabelecer uma intravenosa nos braços e pernas do preso condenado.
O caso de Creech é apenas o mais recente de uma série de injeções de pena de morte fracassadas nos últimos anos, que levaram alguns estados a explorar novos métodos de execução, incluindo gás nitrogênio.
Serial killer tem execução atrasada: crimes de Thomas Creech
Thomas Creech, de 73 anos, admitiu ter cometido uma série de assassinatos no início dos anos 1970, com as autoridades o ligando a 11 assassinatos no total — embora o próprio serial killer tenha afirmado que vitimou até 50 pessoas antes de ser preso.
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A primeira prisão ocorreu em 1974, e Creech permanece sob custódia em Idaho desde então. Ele foi condenado à morte pelo duplo assassinato de Homens que lhe ofereceram carona, mas teve sua sentença alterada para prisão perpétua depois que a lei de condenação do estado foi considerada inconstitucional.
Em 1983, Creech voltou ao corredor da morte após ser condenado por espancar e matar brutalmente seu companheiro de prisão David Dale Jensen — um jovem deficiente de 22 anos que cumpria pena por roubo de carro.
Serial killer tem execução atrasada: tentativa de anular a pena de morte
Em uma audiência de clemência, os advogados de Creech insistiram que ele era um homem mudado, que se tornou um presidiário gentil e solidário no bloco de celas da Instituição de Segurança Máxima de Idaho, onde morava. Eles pediram que ele fosse condenado a permanecer lá pelo resto da vida.
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Enquanto estava atrás das grades, Thomas se casou com a mãe de um agente penitenciário, e seus antigos guardas prisionais notaram que ele começou a escrever poesia e era cordial com os agentes correcionais.
Os pedidos de misericórdia não influenciaram o juiz a retirar a sentença de morte de Creech, porém o ato acabou sendo falho por conta dos médicos que não conseguiram acessar suas veias.
Serial killer tem execução atrasada: quais os próximos passos?
Os advogados do Thomas entraram na Justiça suplicando a suspensão da execução porque "a tentativa de execução terrivelmente mal feita" prova a "incapacidade do departamento de realizar uma execução humana e constitucional".
O tribunal concedeu e, agora, o estado terá que obter outro mandado de execução se quiser matar o homem.