Manifestações em massa exigem saída do premiê no Haiti

O Haiti é palco há dias de manifestações em massa pela saída do primeiro-ministro, Ariel Henry, que deveria ter deixado o cargo nesta quarta-feira (7), segundo um acordo político assinado em 2022.

Segundo a imprensa local, milhares de pessoas se manifestam desde o começo da semana na capital, Porto Príncipe, e em todo o país para exigir a saída do chefe de governo.

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Nos termos de um acordo fechado em dezembro de 2022, após o assassinato do então presidente haitiano, Jovenel Moïse, o atual primeiro-ministro deveria ter organizado eleições para entregar o poder em 7 de fevereiro de 2024.

Desde 2016, não se organizam eleições no país caribenho, e a presidência permanece vaga.

"O país está refém dos grupos. Não podemos comer. Não podemos mandar nossos filhos para a escola. Não aguentamos mais", disse um manifestante desempregado, de 40 anos, que não quis ser identificado.

O Haiti enfrenta uma grave crise política, de segurança e humanitária, com grupos armados no controle de áreas inteiras do país. O número de homicídios mais do que dobrou em 2023.

Segundo a imprensa local, em várias manifestações houve confrontos, principalmente com a polícia, e duas pessoas morreram baleadas paralelamente aos protestos. As principais estradas e as escolas do país estão fechadas desde a última segunda-feira, devido às manifestações.

A vizinha República Dominicana anunciou hoje que estava em estado de alerta e reforçou a segurança em sua fronteira.

str-cha/arm/nn/lb/am

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