Fórmula para proteger abelhas de inseticidas é patenteada por colombianos

Uma fórmula que protege o cérebro das abelhas e outros polinizadores contra a exposição a inseticidas foi patenteada por pesquisadores da Universidade do Rosário, anunciou a instituição colombiana nesta terça-feira (30).

Trata-se de um líquido derivado de plantas que foi registrado no Escritório de Propriedade Intelectual do Reino Unido.

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Promete se tornar "um pilar fundamental para a conservação" das aproximadamente 20 mil espécies de abelhas em todo o mundo, explicou Andre Josafat Riveros, professor da Faculdade de Ciências Naturais da Universidade do Rosário, que liderou a pesquisa.

A Universidade do Arizona, nos Estados Unidos, e a Universidade Javeriana da Colômbia também participaram do desenvolvimento dessa fórmula à base de flavonoides, compostos com "propriedades protetoras, antioxidantes e anti-inflamatórias [...] em humanos", detalha o comunicado.

Imobilizadas com pequenos coletes de plástico, várias abelhas consumiram a fórmula através de um funil extremamente fino. O grupo mostrou-se mais resistente aos efeitos adversos causados pelos pesticidas do que aqueles alimentados sem o suplemento.

Os resultados da pesquisa foram publicados no Journal of Experimental Biology em 2022.

Esses insetos são cruciais no processo de polinização, a troca de pólen entre flores que permite a reprodução das plantas.

Enquanto coletam néctar para se alimentar, e graças aos pequenos pelos que revestem seus corpos, as abelhas espalham grãos de pólen nas milhares de flores que visitam diariamente, uma tarefa silenciosa, mas essencial para a sobrevivência de muitas plantas e a segurança alimentar dos humanos.

No entanto, 35% das espécies de insetos no mundo correm risco de extinção, e as abelhas estão entre as principais espécies em perigo devido à atividade humana, de acordo com um documento de 2023 da Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação (FAO).

Entre os principais fatores que geram essa ameaça está o uso de pesticidas na agricultura em larga escala.

Após a exposição a esses produtos químicos, "temos uma abelha que não sabe onde estão as flores, que, se chegar até elas, talvez não lembre onde está a colmeia, sem força suficiente para se mover", explica o professor Riveros.

"A fórmula que desenvolvemos diminui essas alterações nas abelhas e em outros polinizadores", acrescenta.

vd/jss/ag/ic/mvv

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Colômbia abelhas biologia insetos ciência pesquisa agricultura patente

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