Israel confirma participação na abertura de Jogos Olímpicos de Paris

Israel participará da cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos de 2024 no Rio Sena, em Paris, afirmou à AFP nesta quinta-feira (18) a presidente do Comitê Olímpico israelense, confiante de que as autoridades francesas podem garantir a segurança do evento.

Pela primeira vez, a cerimônia de abertura de uma olimpíada será realizada fora dos estádios e o desfile das delegações em barcos através do Rio Sena representa um enorme desafio para as forças de segurança.

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"Estaremos lá. Israel estará na cerimônia de abertura", disse Yael Arad em uma entrevista à AFP em Tel Aviv, a pouco mais de seis meses dos Jogos Olímpicos, que serão realizados em Paris entre 26 de julho e 11 de agosto.

A ex-judoca, vice-campeã olímpica em Barcelona-1992, disse ter certeza de que as autoridades francesas "farão tudo o possível para que este evento seja seguro" para "todos os atletas, não somente para os israelenses".

A delegação do país "ficará na Vila Olímpica", como "qualquer outra delegação", acrescentou.

As preocupações sobre a segurança das Olimpíadas aumentaram nos últimos meses diante de uma série de ataques cometidos na França, um deles nas margens do Sena, e sobretudo desde o início da guerra entre Israel e o grupo islamista palestino Hamas.

Este conflito foi desencadeado em 7 de outubro por ataques de comandos do Hamas em território israelense, que causaram a morte de cerca de 1.140 pessoas, a maioria civis, segundo um balanço da AFP baseado em dados oficiais israelenses.

"Nossos atletas estão moralmente quebrados e trabalhamos arduamente para restaurar a sua confiança", explicou Arad, que usa uma fita amarela no casaco, em apoio às 250 pessoas que foram feitas reféns pelo Hamas. Cem deles foram libertados no final de novembro, mas, segundo os dados oficiais, ainda faltam 132 pessoas. Ao todo, 27 reféns morreram, de acordo com uma contagem da AFP com base em dados de Israel.

Em Gaza, o Ministério da Saúde do Hamas afirma que cerca de 24.620 pessoas, majoritariamente mulheres e crianças, morreram desde 7 de outubro após a ofensiva lançada por Israel em represália aos ataques.

"Lembramos sempre do que pode acontecer", disse a presidente, ao ser questionada sobre o tomada de atletas israelenses como reféns nos Jogos Olímpicos de Munique, em 1972, por um comando palestino. Onze reféns morreram naquela ocasião.

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