Adolescente mata aluno e fere 5 pessoas em escola nos EUA

Um adolescente armado com uma pistola e uma escopeta matou nesta quinta-feira (4) um colega e feriu outras cinco pessoas, a maioria alunos, ao abrir fogo em uma escola de ensino médio no estado de Iowa, no norte dos Estados Unidos, informaram as autoridades locais.

Identificado como Dylan Butler, o adolescente foi encontrado "com um ferimento autoinfligido", declarou em entrevista coletiva Mitch Mortvedt, subdiretor da Divisão de Investigação Criminal de Iowa.

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Esta expressão costuma ser utilizada para indicar que alguém se suicidou, mas as autoridades não esclareceram se o atirador morreu, como afirmam diversos meios de comunicação americanos.

A AFP fez contato com o Departamento do Xerife, que não quis confirmar.

O episódio aconteceu na pequena localidade de Perry, a cerca de 60 quilômetros de Des Moines, a capital do estado.

O estudante levava duas armas, uma escopeta e uma pistola, disse Mortvedt.

"São seis vítimas e uma delas morreu. Era um aluno", acrescentou.

Quatro feridos são estudantes e o quinto é um funcionário da administração, detalhou.

"Butler também publicou muitas mensagens nas redes sociais" sobre o ataque, acrescentou, sem dar detalhes.

O xerife Adam Infante tinha afirmado anteriormente que a polícia recebeu informações sobre a presença de um homem armado por volta das 7h37 locais (10h37 em Brasília).

A polícia chegou "em sete minutos" e "localizou diversas vítimas de disparos", disse.

"Felizmente havia muito poucos alunos e professores" na escola porque era cedo, e as aulas ainda não tinham começado, explicou.

Segundo a imprensa local, hoje é o primeiro dia da volta às aulas após o recesso de Natal e Ano Novo.

Uma aluna, Ava Augustus, se escondeu em uma sala durante o ataque. Ela saiu correndo depois que as autoridades lhe disseram que o incidente havia terminado, e disse que havia visto "vidro por todas as partes, sangue no chão".

"Cheguei ao meu carro e estavam removendo uma moça do auditório que tinha sido atingida por um disparo na perna", declarou ela à filial local da emissora NBC.

Jody Kurth, cujo enteado ficou ferido por um disparo, declarou à rede local KCCI que o episódio foi "um verdadeiro pesadelo".

O incidente acontece dias antes de o estado de Iowa abrir a temporada de primárias do Partido Republicano em 15 de janeiro, quando os eleitores votam em pequenas assembleias de bairro.

Com mais armas que habitantes, os Estados Unidos têm a taxa de mortalidade mais alta por armas de fogo entre todos os países desenvolvidos.

O país já registrou três ataques a tiros em massa este ano, segundo a Gun Violence Archive, organização não governamental que considera um ataque maciço quando há quatro ou mais feridos ou mortos.

O ano passado terminou com um total de 656 ataques a tiros deste tipo.

Os ataques com armas de fogo são uma chaga que sucessivos governos, republicanos ou democratas, não conseguem resolver porque muitos americanos seguem apegados à possibilidade de ter uma arma.

Escolas e instituições de ensino em geral são cenários frequentes de ataques a tiros nos Estados Unidos. Em maio de 2022, um homem matou 19 alunos e dois professores no colégio de ensino fundamental Robb da cidade de Uvalde, no Texas.

Em fevereiro de 2018, um ex-aluno de uma escola de ensino médio em Parkland (Flórida) armado com um fuzil semiautomático matou a tiros 14 alunos e três adultos. Ele foi condenado à prisão perpétua.

Em 4 de julho do ano passado, Dia da Independência dos Estados Unidos, o presidente Joe Biden pediu o fim da "epidemia de violência por armas de fogo", após uma "onda" de massacres.

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EUA educação escola tiroteo violência ataque armas

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