Governos e líderes do mundo se despedem de Henry Kissinger
Henry Kissinger, o diplomata dos Estados Unidos cuja promoção sem remorso do poder americano moldou o mundo pós-Segunda Guerra Mundial, morreu na quarta-feira (29) aos 100 anos.
Veja, a seguir, um resumo das reações de alguns governos e líderes mundiais.
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O Ministério das Relações Exteriores da China elogiou o falecido diplomata americano pelas suas "contribuições históricas" para as relações entre China e Estados Unidos, descrevendo-o como um "velho e bom amigo do povo chinês".
Kissinger "se preocupou por muito tempo e apoiou o desenvolvimento das relações entre China e Estados Unidos, visitando a China mais de 100 vezes e fazendo contribuições históricas para promover a normalização das relações", disse o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Wang Wenbin, em Pequim.
O presidente russo, Vladimir Putin, elogiou Kissinger pela sua contribuição para as relações entre Estados Unidos e União Soviética, descrevendo-o como um "estadista sábio e visionário".
"O nome de Henry Kissinger está indissociavelmente ligado a sua política externa pragmática, que na época abriu caminho para uma desescalada das tensões internacionais e permitiu alcançar os mais importantes acordos soviético-americanos que contribuíram para o fortalecimento da segurança global", disse Putin, de acordo com um comunicado divulgado pelo Kremlin.
Kissinger foi um "gigante da história", disse o presidente francês Emmanuel Macron, oferecendo as "condolências da França ao povo americano".
O "século de ideias e diplomacia de Kissinger teve uma influência duradoura na sua época e no nosso mundo", publicou Macron na sua conta na rede X (antigo Twitter).
Kissinger foi um "grande estadista" que "fará muita falta no cenário mundial", disse o secretário das Relações Exteriores do Reino Unido, David Cameron.
"Estou muito triste ao saber que Henry Kissinger morreu", escreveu Cameron na rede X. "Ele foi um grande estadista e um diplomata profundamente respeitado, que fará muita falta no cenário mundial", acrescentou.
O chanceler alemão, Olaf Scholz, elogiou o falecido diplomata americano, que fugiu da Alemanha nazista para os Estados Unidos quando criança, por seu "compromisso com a amizade transatlântica".
"Ele sempre esteve próximo de sua pátria alemã. O mundo perdeu um grande diplomata", escreveu Scholz, também no X.
O primeiro-ministro japonês, Fumio Kishida, elogiou as "contribuições significativas" de Kissinger para a paz e a estabilidade na Ásia.
Kissinger "fez contribuições significativas para a paz e estabilidade regionais, incluindo a normalização das relações diplomáticas entre os Estados Unidos e a China", disse Kishida aos jornalistas.
Para o ministro das Relações Exteriores ucraniano, Dmitro Kuleba, Kissinger deixou um impacto duradouro na política internacional.
"O século de Henry Kissinger não foi fácil, mas os seus grandes desafios cabem na sua grande e curiosa mente. Mudou o ritmo e a face da diplomacia", afirmou Kuleba nas redes sociais.
"Claro no pensamento, prolífico na escrita. Seu legado intelectual continuará influenciando a compreensão da diplomacia e da ordem mundial", afirmou.
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