Polícia anuncia detenção de 109 ativistas climáticos após bloqueio de porto na Austrália

Mais de 100 ativistas do clima foram detidos depois que bloquearam, com caiaques, o maior porto de comércio de carvão na Austrália, anunciou a polícia nesta segunda-feira.

Uma frota de caiaques bloqueou o tráfego comercial no porto de Newcastle, leste da Austrália, durante o fim de semana para exigir que o governo reduza a dependência do país da exportação de combustíveis fósseis.

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As autoridades concordaram em permitir o protesto durante 30 horas, mas as embarcações da polícia iniciaram uma operação quando o prazo expirou e muitos ativistas se recusaram a deixar o local.

Entre os detidos estão cinco menores de idade e um reverendo de 97 anos, Alan Stuart, que declarou que deseja evitar os desastres climáticos para seus "netos e as futuras gerações".

"Decidimos corre o risco de detenção porque os cientistas estão alertando que, para evitar um colapso climático catastrófico, temos que abandonar urgentemente os combustíveis fósseis", afirmou o grupo Rising Tide, que organizou o protesto.

Vários estados australianos aprovaram nos últimos anos leis mais severas contra as manifestações a favor do clima, o que rendeu críticas de ONGs e da ONU.

A ativista Deanna Coco foi condenada a 15 meses de detenção no ano passado, depois de bloquear a famosa ponte da baía de Sydney. A sentença foi anulada no julgamento da apelação.

A Austrália é um dos principais produtores de carvão do mundo. O governo tem vários projetos para novas minas de carvão e novos campos de petróleo e gás.

sft/djw/ssy/dbh/atm/fp

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clima carvão Austrália

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