Novo 'corte total' de comunicações com Gaza por falta de combustível, diz agência da ONU

O diretor da agência da ONU para os refugiados palestinos (UNRWA, na sigla em inglês), Philippe Lazzarini, relatou, nesta quinta-feira (16), um novo "corte total" das comunicações com a Faixa de Gaza devido à falta de combustível e denunciou uma "tentativa deliberada de paralisar" suas operações.

"Acredito que há uma tentativa deliberada de estrangular nossa operação e paralisar a da UNRWA", declarou Lazzarini, em uma coletiva de imprensa em Genebra, sobre o cerco imposto por Israel ao território palestino.

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"Gaza sofre novamente um corte total de comunicações, porque não há combustível", acrescentou ele, após informar os países-membros da ONU sobre a situação em Gaza.

A empresa palestina de telecomunicações Paltel anunciou, na rede social X, que "todos os serviços de telecomunicações na Faixa de Gaza estão parados, porque todas as fontes de energia que alimentam a rede se esgotaram, e a entrada de combustível está proibida" no território palestino.

A guerra entre Israel e o Hamas foi deflagrada pelo ataque do movimento palestino ao território israelense em 7 de outubro, onde cerca de 1.200 pessoas foram mortas, e cerca de 240 feitas reféns, segundo as autoridades.

Em represália, Israel bombardeia sem cessar a Faixa de Gaza, que está sob cerco total. Os bombardeios israelenses deixaram 11.500 mortos, incluindo 4.710 crianças, segundo o governo do Hamas.

As autoridades israelenses consideram que o combustível é um produto com alto risco de duplo uso - civil e militar -, podendo beneficiar o Hamas.

Israel impede sua entrada na Faixa de Gaza, embora, na quarta-feira (15), tenha permitido a passagem de um caminhão-tanque de 23.000 litros para uso estritamente regulado.

"Não há mais combustível disponível, ou pelo menos alcançável, para a UNRWA", advertiu Lazzarini, lembrando que, na última vez que as comunicações foram completamente cortadas, há algumas semanas, vários armazéns de ajuda humanitária foram saqueados por uma população em desespero.

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conflito Palestinos ONU Israel

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