Parentes de reféns em Gaza exigem de Israel acordo imediato para sua libertação

18:37 | Nov. 14, 2023

Por: AFP

Parentes de reféns sequestrados por combatentes islamistas do Hamas em Israel e levados para Gaza em 7 de outubro exigiram nesta terça-feira (14) que o governo israelense aprove "ainda esta noite" um acordo que permita sua libertação.

"As famílias instam o gabinete de guerra a aprovar ainda esta noite um acordo para trazer de volta os reféns de Gaza", afirmou em um comunicado o Fórum de Famílias de Reféns e Desaparecidos, depois que o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, expressou sua opinião de que esse acordo poderia "acontecer".

"Sabemos que esta noite uma decisão deve ser tomada", acrescentou o comunicado, instando o gabinete do primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, a "não bloquear um acordo".

O gabinete está programado para se reunir à noite, enquanto parentes de reféns iniciaram uma marcha de Tel Aviv a Jerusalém para exigir do escritório de Netanyahu "um acordo sobre os reféns".

"Quero dizer aos líderes e aos tomadores de decisão: perdemos a paciência. Queremos que nossos familiares e entes queridos retornem agora", afirmou Merav Leshem Gonen, mãe de um refém, citada no comunicado.

O Fórum de Famílias de Reféns e Desaparecidos foi formado após o ataque de 7 de outubro, quando comandos do Hamas mataram 1.200 pessoas e sequestraram cerca de 240 no sul de Israel.

Biden disse nesta terça-feira que acreditava na possibilidade de um acordo para libertar os reféns sequestrados.

"Tenho falado diariamente com as pessoas envolvidas. Acredito que vai acontecer, mas não quero entrar em detalhes", declarou o presidente americano.

O Catar, que mantém contatos com ambas as partes, instou Israel e o Hamas a aproveitar a oportunidade oferecida por sua mediação para negociar a libertação dos reféns e alertou que o agravamento da situação em Gaza dificulta seus esforços.

Um líder do Hamas, Ezzat al Richq, acusou Israel nesta terça-feira de "quebrar o acordo sobre uma trégua humanitária ao apresentar novas exigências".

Israel prometeu "aniquilar" o Hamas, no poder em Gaza, e desde 7 de outubro bombardeia incessantemente o território palestino. A ofensiva israelense deixou até o momento mais de 11.300 mortos, em sua maioria civis, segundo o movimento islamista.

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