Japão ganha nova ilha após erupção de vulcão submarino

13:16 | Nov. 09, 2023

Por: Agência Estado

Um vulcão submarino entrou em erupção no Japão há três semanas e proporcionou uma rara visão do nascimento de uma pequena ilha. O vulcão sem nome, localizado a cerca de 1 quilômetro da costa sul de Iwo Jima, iniciou sua mais recente série de erupções em 21 de outubro.

Em 10 dias, cinzas vulcânicas e rochas se acumularam no fundo do mar raso, com a ponta elevando-se acima da superfície. Com isso, no início de novembro, os detritos formaram uma nova ilha com cerca de 100 metros de diâmetro e 20 de altura acima do mar, segundo Yuji Usui, analista da divisão vulcânica da Agência Meteorológica do Japão.

A atividade vulcânica aumentou perto de Iwo Jima e erupções submarinas semelhantes ocorreram nos últimos anos, mas a formação de uma nova ilha é um desenvolvimento significativo, disse Usui. Segundo o analista, a atividade vulcânica no local diminuiu desde então, e a ilha recém-formada encolheu um pouco porque sua formação "quebradiça" é facilmente arrastada pelas onda.

Por isso, a pequena ilha pode ser apenas temporária. Usui disse que os especialistas ainda estão analisando o desenvolvimento, incluindo detalhes dos depósitos. A nova ilha poderá sobreviver por mais tempo se for feita de lava ou de algo mais durável do que rochas vulcânicas, como pedra-pomes.

"Só precisamos ver o desenvolvimento", disse ele. "Mas a ilha pode não durar muito.

Vulcões submarinos e atividades sísmicas já formaram novas ilhas em outros episódios. Em 2013, uma erupção em Nishinoshima, no oceano Pacífico, ao sul de Tóquio, levou à formação de uma nova ilha, que continuou crescendo durante uma erupção do vulcão que durou uma década.

Também em 2013, uma pequena ilha emergiu do fundo do mar após um forte terremoto de magnitude 7,7 no Paquistão. Já em 2015, uma nova ilha foi formada como resultado da erupção de um vulcão submarino que durou um mês na costa de Tonga.

Dos cerca de 1,5 mil vulcões ativos no mundo, 111 estão no Japão, que fica no chamado "anel de fogo" do Pacífico, de acordo com a Agência Meteorológica do Japão./Associated Press.