Netanyahu renova alerta a Irã e Hezbollah; Brasil envia proposta de paz ao CS da ONU

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, advertiu militantes do Hezbollah no Líbano e seus apoiadores no Irã que pagariam um preço elevado, caso se envolvessem no conflito atual com o Hamas. Falando no Parlamento israelense nesta segunda-feira, 16, ele advertiu o Hezbollah e o Irã. "Não nos testem no norte. Não cometam o erro do passado. Hoje, o preço que vocês pagarão será muito mais pesado", disse, referindo-se à guerra de 2006 com o grupo.

A expectativa é que Israel realize uma invasão por terra da Faixa de Gaza. Mas o país também se prepara para uma potencial nova frente de conflito em sua fronteira norte com o Líbano, onde já houve várias trocas de tiros com o Hezbollah. Os militares determinaram que moradores de 28 comunidades israelenses próximas à fronteira deixem suas casas.

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O Conselho de Segurança (CS) da Organização das Nações Unidas (ONU) deve votar na noite desta segunda duas resoluções sobre a guerra entre Israel e o Hamas. A proposta da Rússia pede um cessar-fogo, enquanto a do Brasil busca "pausas humanitárias" para deixar a ajuda fluir e pede que Israel reverta sua ordem de que o norte de Gaza seja esvaziado. Caso alguma resolução seja adotada, seria o primeiro comunicado coletivo sobre a guerra do órgão mais poderoso da ONU.

Os dois rascunhos, obtidos pela Associated Press, pedem a libertação de reféns. Com linguagem um pouco diferente, ambos condenam a violência contra civis, demonstram preocupação com o quadro humanitário na Faixa de Gaza e pedem que seja liberado o envio de alimentos, combustível e outras ajudas.

Os textos, porém, têm diferenças significativas. A proposta russa fala em "cessar-fogo humanitário", enquanto a brasileira em "pausas humanitárias" e encoraja o estabelecimento de corredores humanitários e um mecanismo de notificação para proteger instalações da ONU e locais humanitários, bem como comboios de ajuda. O rascunho brasileiro pressiona Israel a cancelar sua ordem de que seja esvaziado o norte de Gaza, enquanto o russo fala em "criar condições para a saída segura de civis em necessidade".

O Conselho de Segurança tem se mostrado cada vez mais dividido em muitas questões, em meio à guerra da Rússia na Ucrânia. A Rússia é membro permanente e, com isso, tem poder de veto nesse órgão da ONU, enquanto o Brasil é membro temporário, por dois anos, sem veto, mas ocupa atualmente a presidência rotativa do órgão. Fonte: Associated Press.

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