Fotos de argonauta, caranguejo sobre anêmona e peixe-boi ganham prêmio; veja

Três primeiros colocados trazem fotos de náutilo após erupção vulcânica, caranguejo repousando em anêmona e morte de baleia jubarte

17:17 | Set. 23, 2023

Por: Kleber Carvalho
Imagem ficou em primeiro lugar no prêmio (foto: Jailing Cai/Via Oceanografic Magazine)

A revista de estilo de vida marinha Oceanographic Magazine divulgou os vencedores do prêmio anual de “Fotógrafo do Ano do Oceano”. Em 2023, as três fotografias vencedoras trazem registros de uma espécie de náutilo (espécie de molusco) sobrevivente à erupção de um vulcão, chamada de "argonauta", um caranguejo descansando sobre uma anêmona e a morte de uma baleia jubarte.

O prêmio é realizado desde 2020 pela revista, junto às premiações para fotógrafos de vida selvagem, belas artes, aventura, conservação, conexão humana, juventude e oceano em geral, sempre com imagens voltadas à vida nos mares. Confira todos os vencedores deste ano no site da revista.

A vencedora do primeiro lugar, Jialing Cai, registrou um argonauta caminhando em um pedaço de madeira após a erupção de um vulcão nas Filipinas, nos Estados Unidos. Segundo a fotógrafa, a imagem passava calmaria, em contraste com o caos e destruição causado pelo fenômeno natural.

“Quando apertei o obturador, as partículas refletiram minha luz. A cena parecia incomumente serena após o desastre natural e me lembra um conto de fadas ambientado em uma noite de neve. Como fotógrafos subaquáticos, pretendemos fotografar em águas claras, mas esta imagem lembra-nos que grãos de areia, matéria orgânica ou pequenos organismos são partes integrantes do ambiente subaquático”, disse a premiada ao periódico.

O segundo lugar capturou mais um momento de calmaria, quando um caranguejo sentava-se sobre uma anêmona do mar. Para o autor da imagem, Andrei Savin, a foto caiu quase como um presente às suas lentes após horas de observação.

“Nesse dia tirei dezenas de fotos de uma anêmona com configurações diferentes. De repente, como num passe de mágica, um caranguejo saiu e sentou-se bem no centro. Eu só tive que apertar o botão”, conta o profissional.

Após imagens de calma e serenidade, a terceira colocada dá um fim melancólico ao pódio do prêmio. Álvaro Herrero Lopez Beltran foi o último premiado pelo registro da morte de uma baleia jubarte que ficou presa a cordas e boias.

“A imagem é uma triste metáfora para a morte lenta e dolorosa que estamos infligindo ao nosso planeta oceânico”, lamentou o espanhol.