Equipes de emergência intensificam esforços para encontrar sobreviventes de terremoto no Marrocos

As equipes de resgate intensificaram os esforços nesta quarta-feira (13) para ajudar as localidades do Marrocos devastadas pelo terremoto que matou mais de 2.900 pessoas, mas as esperanças de encontrar sobreviventes são cada vez menores, cinco dias após a tragédia.

O tremor, que afetou na sexta-feira (8) uma área da Cordilheira do Atlas, ao sudoeste da cidade turística de Marrakech, também deixou 5.530 feridos, segundo o balanço oficial mais recente.

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Diante da magnitude dos danos, o governo marroquino aceitou a ajuda da Espanha, Reino Unido, Catar e Emirados Árabes Unidos, que enviaram equipes de busca e resgate ao reino.

A Cruz Vermelha solicitou mais de 100 milhões de dólares (quase R$ 500 milhões) para atender as necessidades mais urgentes, que incluem saúde, água, saneamento e higiene, depois de liberar um primeiro fundo de emergência.

O terremoto destruiu várias casas em vilarejos na montanha, de difícil acesso.

Em Amizmiz, localidade que fica a uma hora de viagem de Marrakech, militares distribuíram barracas aos desabrigados.

"Eu peço apenas um lugar para viver, um lugar digno para um ser humano", disse Fatima Oumalloul, 59 anos.

A fila de barracas que começa perto das casas destruídas ou danificadas é um sinal de que a ajuda está chegando, mas deixa os sobreviventes em um cenário de incerteza para o futuro.

Fatima Benhamoud, cuja residência é considerada de "risco" devido à profundas fissuras, recebeu uma barraca para seis pessoas.

"Não podemos dormir dentro de nossa casa, temos que dormir do lado de fora", relata a marroquina de 39 anos, tensa com a proximidade da temporada de chuvas.

O primeiro-ministro do Marrocos, Aziz Akhannouch, anunciou na segunda-feira que as pessoas que perderam suas casas serão indenizadas.

O exército instalou hospitais de campanha para atender os feridos nas zonas isoladas, como na localidade de Asni, na província de Al Haouz.

As equipes governamentais prosseguiam com os trabalhos para liberar as rodovias que levam aos pequenos vilarejos montanhosos da província.

"Liberamos a estrada que segue até a cidade de Ighil, epicentro do terremoto, e ao vilarejo próximo de Aghbar", afirmou uma fonte do governo.

O rei Mohamed VI do Marrocos visitou na terça-feira os feridos em um hospital da cidade de Marrakech, onde doou sangue, segundo a agência oficial MAP.

O terremoto atingiu 7 graus de magnitude, segundo o Centro Marroquino para a Pesquisa Científica e Técnica, e 6,8 para o Centro Geológico dos Estados Unidos.

Este foi tremor mais forte já registrado no reino e o que provocou o maior número de vítimas em mais de seis décadas.

O papa Francisco, que visitou Marrocos em 2019, afirmou nesta quarta-feira que seus pensamentos estão com o "nobre povo marroquino".

"Rezamos por Marrocos, rezamos por seus habitantes. Que o Senhor dê forças para que se recuperem", afirmou o pontífice argentino.

bur/vl/bfi/meb/zm/fp

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