'Escudos humanos' de Saddam Hussein anunciam processo contra governo britânico e companhia aérea

Passageiros e tripulantes de um avião da British Airways tomados como reféns em 1990 no Kuwait, no começo da primeira Guerra do Golfo, anunciaram nesta terça-feira (12) que irão processar o governo britânico e a companhia aérea.

O voo BA149, que ia de Londres para Kuala Lumpur, fez escala na Cidade do Kuwait em 2 de agosto de 1990, horas após o início da invasão ordenada pelo líder iraquiano Saddam Hussein. Os passageiros foram mantidos por alguns dias em um hotel próximo, controlado pelo Estado-Maior do Iraque, transferidos para Bagdá e usados como "escudos humanos" em locais estratégicos.

É + que streaming. É arte, cultura e história.

+ filmes, séries e documentários

+ reportagens interativas

+ colunistas exclusivos

Alguns dos 367 passageiros e tripulantes passaram mais de quatro meses em cativeiro, posicionados em potenciais alvos da coalizão ocidental. Em novembro de 2021, o governo britânico pediu desculpas por não ter alertado a companhia sobre a invasão.

"As vítimas tomam medidas legais para que a verdade seja totalmente revelada, para que os responsáveis prestem contas e para que uma indenização seja paga", informou o escritório de advogados McCue Jury & Partners, que representa mais de 50 vítimas e que pretende entrar com o processo no começo de 2024, no Tribunal Superior de Londres. "No cativeiro, os reféns foram agredidos, violados e vítimas de simulações de execução", acrescentou o escritório.

"Durante 33 anos, todos tivemos que conviver com as sequelas, enquanto o horror do ocorrido foi varrido para debaixo do tapete pelos que eram cúmplices", denunciou Nicola Dowling, membro da tripulação.

ctx/gmo/hgs/mb/lb

Dúvidas, Críticas e Sugestões? Fale com a gente

Tags

Irak diplomacia prisioneiros política transporte GB espionagem Kuwait Saddam Hussein

Os cookies nos ajudam a administrar este site. Ao usar nosso site, você concorda com nosso uso de cookies. Política de privacidade

Aceitar