Trabalhadores humanitários de Espanha e Canadá morrem em ataque na Ucrânia
Uma trabalhadora humanitária espanhola e seu colega canadense morreram na Ucrânia quando o veículo em que viajavam foi atingido por um projétil, informou neste domingo (10) o ministro das Relações Exteriores espanhol, José Manuel Albares.
"Um projétil caiu sobre um veículo em que viajava esta cidadã espanhola que estava trabalhando, que foi enviada para lá por uma ONG que ajudava na situação humanitária na Ucrânia e temos a confirmação verbal da sua morte", disse o ministro aos jornalistas na cúpula do G20 na Índia.
É + que streaming. É arte, cultura e história.
Albares não deu mais detalhes, mas a mídia espanhola identificou a mulher como Emma Igual, diretora da Road to Relief, uma ONG dedicada à evacuação de civis das linhas de frente na Ucrânia.
A organização indicou no Instagram que o veículo em que Igual, de 32 anos, viajava com outros três trabalhadores humanitários "sofreu um ataque russo" em Chasiv Yar, no leste da Ucrânia, na manhã de sábado.
"Ao receber o impacto direto, o veículo capotou e pegou fogo", explicou no mesmo dia.
O ministro da Defesa ucraniano, Rustem Umerov, informou neste domingo que as tropas russas mataram Emma Igual e Anthony "Tonko" Ihnat, um trabalhador humanitário canadense que a Road to Relief também declarou morto no ataque.
Umerov descreveu suas mortes como "perdas irreparáveis".
Um médico voluntário alemão, Ruben Mawick, e um voluntário sueco, Johan Mathias Thyr, "foram gravemente feridos por estilhaços e queimaduras, mas agora estão estáveis em diferentes hospitais longe do local", acrescentou a ONG.
Os trabalhadores humanitários haviam deixado Sloviansk e dirigiam-se para Bakhmut para avaliar as necessidades dos civis "presos no fogo cruzado" na cidade de Ivanivske.
"Todas as informações necessárias estão sendo coletadas e estamos cooperando com o exército e a polícia para resolver todas as questões preocupantes", afirmou a ONG.
O presidente do governo espanhol, Pedro Sánchez, mostrou o seu apoio à família de Emma Igual. "Os trabalhadores humanitários e os civis nunca poderão ser alvo de guerra", escreveu ele na rede social X (antigo Twitter).
ds/giv/pc/an/hgs/zm/eg/aa