Igreja Católica na Alemanha perdeu meio milhão de fiéis em 2022, um recorde

Mais de meio milhão de pessoas deixaram a Igreja Católica alemã no ano passado, um recorde para esta instituição afetada por uma crise de confiança sem precedentes devido a casos de abuso sexual de menores.

Ao todo, 522.821 católicos deram as costas a sua igreja, contra 359.338 no ano anterior, indicou a assembleia de bispos em suas estatísticas anuais.

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Os números são "alarmantes", reconheceu o presidente da assembleia, Georg Bätzing, apelando a "não desanimar" e a continuar a trabalhar no caminho da reforma.

Apesar dos números, o catolicismo continua sendo a principal religião do país, com cerca de 20,9 milhões de fiéis, à frente dos protestantes (19,1 milhões, que perderam cerca de 380 mil pessoas em um ano).

Desde 2010, quando foram revelados casos de abuso sexual de menores na instituição, cerca de 3,7 milhões de católicos deixaram a igreja.

Em 2018, uma investigação universitária revelou que 3.677 menores sofreram violência sexual perpetrada por membros do clero entre 1946 e 2014.

O número real de vítimas é considerado maior porque os autores do relatório não tiveram acesso a todos os arquivos da instituição.

Depois de pedir desculpas oficialmente, a igreja trabalha em um sistema de indenização, que as vítimas consideram insuficiente.

ilp/pc/mb/aa

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