Submarino desaparecido: destroços são encontrados em área de buscas

Destroços foram encontrados dentro da área de buscas pelo submarino desaparecido. Veículo era usado por expedição pelo Titanic

A guarda costeira dos Estados Unidos informou nesta quinta-feira, 22, que encontrou destroços dentro da área de buscas pelo submarino que desapareceu durante expedição pelo Titanic. Os materiais foram encontrados pela sonda do navio Horizon Artic, do exército do Canadá.

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"Uma área com destroços foi descoberto dentro da área de busca por um perto do Titanic. Especialistas do comando unificado estão avaliando as informações", disse o comando Nordeste da Guarda Costeira norte-americana, que coordena as operações de busca.

Ainda não é possível afirmar que os destroços encontrados pertencem ao submarino desaparecido desde o último domingo com cinco pessoas a bordo. Uma entrevista coletiva foi marcada por volta das 16h desta quinta, no horário de Brasília.

Submarino desaparecido: o que se sabe até o momento

O submarino chamado “Titan”, da operadora Ocean Gate, está desaparecido no Oceano Atlântico desde o último domingo, dia 18.

O transporte levava cinco pessoas, em uma expedição turística para ver os destroços do famoso navio naufragado Titanic. Segundo informações das autoridades, ele perdeu o contato com a superfície menos de duas horas depois.

A Guarda Costeira dos Estados Unidos iniciou as buscas nessa segunda-feira, dia 19.

"É um desafio realizar uma busca nessa área remota, mas estamos mobilizando todos os recursos disponíveis para garantir que possamos localizar a embarcação e resgatar as pessoas a bordo", afirma o contra-almirante John Mauger à imprensa em Boston.

A empresa Ocean Gates afirmou que várias expedições rumo ao Titanic estavam planejadas para este ano de 2023. A operadora começou as vendas da excursão após viagens bem-sucedidas nos anos de 2021 e de 2022.

Submarino desaparecido: quem está na embarcação?

Entre as pessoas a bordo do submarino, está o bilionário e aviador britânico Hamish Harding, 58 anos de idade, fundador e CEO da empresa Action Aviation. Harding postou nas mídias sociais de sua empresa que iria participar da expedição.

Outro tripulante é Paul-Henri Nargeolet, ex-comandante da Marinha Francesa, e considerado um dos maiores especialistas do Titanic, pois já participou de várias expedições para estudar e analisar o navio naufragado. Além disso, ele fez parte da recuperação de 5.000 artefatos do Titanic.

De acordo com informações da família, o empresário paquistanês Shahzada Dawood, vice-presidente do conglomerado Engro, e seu filho Suleman também estavam no submarino.

Acredita-se que o piloto da tripulação seja Stockton Rush, CEO da operadora Ocean Gate, porém esta informação ainda não foi confirmada.

Submarino desaparecido: como é a viagem rumo ao Titanic?

A expedição para ver o Titanic custa $ 250 mil dólares (cerca de aproximadamente R$ 1,2 milhão na cotação atual) e tem capacidade máxima para cinco tripulantes. A viagem chegaria a 3.800 km de profundidade, bem próximo dos destroços do navio naufragado.

A viagem dura ao todo dez dias, sendo dois para sair do ponto de partida em Newfoundland, no Canadá, e mais oito dias para a expedição no fundo do mar.

Além disso, a excursão inclui a possibilidade dos passageiros saírem do submarino e mergulhar perto do Titanic, dependendo das correntes marítimas.

O submarino é comandado por um controle que lembra o de videogame e o interior do transporte é pequeno, com três monitores e um banheiro improvisado. Os passageiros só podem se alimentar de comidas refrigeradas.

Uma das especificações da embarcação é que só pessoas maiores de 17 anos poderiam viajar.

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Submarino desaparecido é “lacrado” por fora

O jornalista da CBS David Pogue, em entrevista à BBC, compartilhou sua experiência com o submarino, em que ele fez uma viagem ano passado, em 2022. O repórter revela que muitos elementos da estrutura do Titan parecem improvisados, além do rádio e do GPS não funcionarem no fundo do mar.

Pogue ainda revela que o submarino é “lacrado” por fora, ou seja, existem diversos parafusos na parte exterior do transporte impedindo que os tripulantes que estão dentro saiam.

O repórter diz que os parafusos só são retirados por uma equipe externa quando o submarino chega à superfície, o que exclui possíveis tentativas de escapamento estando no interior do submarino. (com AFP)

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