Titanic: pesquisador do navio é um dos desaparecidos no submarino

O francês, ex-militar e pesquisador Paul Henry Nargeolet estaria entre os cinco desaparecidos no submarino "Titan", que explorava os destroços do Titanic. Ele é uma das maiores autoridades no assunto

12:03 | Jun. 20, 2023

Por: Guilherme Siqueira
Paul Henry Nargeolet é pesquisador, explorador e foi comandante da Marinha francesa. Ele é um dos cinco tripulantes do submarino que sumiu no local dos destroços do Titanic (foto: Reprodução/LinkedIn)

Um dos maiores pesquisadores sobre o naufrágio do Titanic está entre os desaparecidos no submarino “Titan”, segundo o jornal britânico The Guardian. A expedição que explorava os restos da embarcação da empresa Oceangate desapareceu nessa segunda-feira, 19, e os esforços para resgatar os cinco tripulantes continuam.

O pesquisador Paul Henry Nargeolet é francês e um ex-comandante da Marinha francesa. Ele é diretor de Pesquisa Subaquática na “RMS Titanic Inc.”, filiada ao E/M Group (“Experiential Media Group”, tradução livre: grupo de mídia experimental). A empresa afirma que deseja preservar o legado da embarcação e interessar mais pessoas em sua história.

A informação veio de outro dos tripulantes, Hamish Harding. O bilionário do Reino Unido publicou em suas redes sociais que estaria no submarino turístico. “A equipe do submarino tem alguns exploradores legendários, alguns dos quais fizeram mais de 30 mergulhos no RMS Titanic desde a década de 1980, incluindo PH Nargeolet”, afirmou Hamish em publicação no Facebook.

Paul Henry é autor do livro “Nas profundezas do Titanic”, que conta a história dos anos em que foi diretor de pesquisa do Instituto Francês de Pesquisa para a Exploração do Mar (Ifremer), ajudando a trazer à tona mais de cinco mil objetos da embarcação. Paul Henry oferece seu ponto de vista para tentar contar a história da embarcação e tripulação.

Submarino desaparecido: esforços de busca

A Guarda Costeira americana afirmou que lançou uma busca com uma aeronave, a aproximadamente 1.450 quilômetros a leste de Cape Cod. O Canadá também participa das buscas, com um barco e uma aeronave de asa fixa, de acordo com a Guarda Costeira.

"É um desafio realizar uma busca nessa área remota, mas estamos mobilizando todos os recursos disponíveis para garantir que possamos localizar a embarcação e resgatar as pessoas a bordo", declarou o contra-almirante da Guarda Costeira dos EUA, John Mauger, a repórteres em Boston, onde supervisionava a operação.

O tempo é um fator crítico. A embarcação tem autonomia de 96 horas para uma tripulação de cinco pessoas, e Mauger apontou, na tarde dessa segunda-feira, 19, que acreditava que ainda restavam cerca de 70 horas de oxigênio.

Em seu comunicado, a OceanGate Expeditions afirmou que estava "profundamente agradecida pela ampla assistência que recebemos de várias agências governamentais e companhias de águas profundas em nossos esforços para restabelecer o contato com o submersível". (AFP)