Premiê canadense visita Kiev e culpa Rússia por destruição de represa
A destruição de uma represa no sul da Ucrânia, que causou graves inundações, foi uma "consequência direta" da invasão russa - afirmou o primeiro-ministro do Canadá, Justin Trudeau, que fez uma visita surpresa a Kiev neste sábado (10).
Trudeau não atribuiu a Moscou, porém, a explosão que destruiu a represa hidrelétrica no rio Dnieper na última terça-feira (6).
Ambas as partes se acusam pela catástrofe.
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AssineAs inundações que se seguiram afetaram tanto as áreas sob controle ucraniano quanto as áreas sob ocupação russa nas duas margens do rio, causando várias mortes e deixando dezenas de feridos.
"Vimos os danos causados pelo colapso da represa da central hidrelétrica de Kakhovka. É uma consequência direta da guerra travada pela Rússia", declarou Trudeau, acompanhado do presidente ucraniano, Volodimir Zelensky.
"Não temos dúvidas de que a destruição da represa é uma consequência direta da decisão da Rússia de invadir o país", acrescentou.
Trudeau anunciou uma ajuda de 10 milhões de dólares (em torno de 48,7 milhões de reais na cotação de hoje, a R$ 4,87) para apoiar a Ucrânia a lidar com as consequências, e 500 milhões de dólares (cerca de 2,4 bilhões de reais na cotação de hoje, a R$ 4,87) em ajuda militar adicional.
"Além disso, anuncio hoje que o Canadá participará dos esforços multinacionais para treinar pilotos de combate, manter e apoiar o programa de aviões de combate da Ucrânia", acrescentou.
Trudeau depositou uma coroa de flores junto a um muro, em Kiev, onde estão expostos os rostos dos soldados mortos em combate, enquanto uma orquestra militar tocava, observaram jornalistas da AFP.
O vice-ministro da Defesa da Ucrânia, Oleksandr Polishchuk, entregou ao primeiro-ministro canadense uma caixa com fragmentos de um obus caído em Odessa, a grande cidade portuária ucraniana do Mar Negro.
"É um pequeno lembrete de como a Ucrânia sofreu com os bombardeios de mísseis russos", disse Polishchuk, em inglês.
Um grupo de militares ucranianos treinados no Canadá conversou com Trudeau.
"É um grande privilégio conhecer o primeiro-ministro", afirmou o coronel Petro Ostapchuk.
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