Bebê encontrada na selva da Colômbia completou um ano enquanto estava desaparecida

Cristin Mucutuy tinha 11 meses quando o acidente aconteceu. Após 40 dias de buscas, ela e seus outros irmãos foram encontrados

13:32 | Jun. 10, 2023

Por: Fabiana Melo
A mamadeira, provavelmente da bebê, foi uma das pistas para encontrar as crianças desaparecidas (foto: Divulgação/Fuerzas Militares de Colombia)

Cristin Mucutuy, uma das crianças resgatadas na selva da Colômbia, completou um ano enquanto ainda estava desaparecida. Ela é a mais nova das que foram encontradas após 40 dias de busca pela Amazônia. Segundo os veículos locais Blu Radio e RTVC Noticias, a menina fez aniversário no dia 26 de maio.

O perfil do RTVC chegou, inclusive, a postar, em suas redes sociais, a celebração da data, enquanto as buscas continuavam.

“Cristin Ranoque Mucutuy, a caçula das quatro crianças que permanecem perdidas nas selvas do Guaviare, comemora nesta sexta-feira seu primeiro ano de vida”, disse o portal de notícias.

Além dela, mais três crianças foram encontradas. Todas irmãs. Segundo as autoridades locais, uma das pistas para encontrá-las foi uma mamadeira, que provavelmente pertencia ao bebê que estava no avião. 

Saiba quem são as crianças resgatadas na Colômbia

As quatro crianças pertencem à comunidade indígena muinanes, etnia do povo indígena Uitoto. Foram resgatados por tropas do Exército na fronteira dos departamentos de Caquetá e Guaviare, perto da área onde o avião Cessna 206 caiu. São elas:

  • Lesly Mucutuy, de 13 anos
  • Soleiny Mucutuy, de 9 anos
  • Tien Mucutuy, de 4 anos
  • Cristin Mucutuy, a que completou 1 ano enquanto ainda estava perdida na mata

Crianças resgatadas na Colômbia: entenda o caso

No dia 1º de maio, quando aconteceu o acidente, o avião fazia o trajeto de Araracuara a San José del Guaviare com sete pessoas a bordo, incluindo o piloto.

Ele relatou problemas com o motor do avião Cessna 206 minutos antes de a aeronave desaparecer do radar, de acordo com a agência de resposta a desastres da Colômbia.

Por ser uma área de difícil acesso por rio e não possuir estradas, os moradores realmente costumam viajar em voos privados.

Com a descoberta da queda do avião, a busca pelas crianças foi iniciada. Para tentar achá-las, a equipe contava com 113 militares trabalhando, 92 rastreadores indígenas e o apoio de cães farejadores.

Ao todo, 11 aeronaves estavam envolvidas para tentar achar as crianças. Ao longo dos dias, os militares chegaram a jogar refeições prontas e kits com apitos e isqueiros para fora dos aviões, na esperança que elas encontrassem.

A procura pelas crianças foi difícil, pois a vegetação da região é densa e possui árvores que atingem 40 metros de altura. Além disso, há a presença de onças, cobras e outros animais perigosos e a chuva rigorosa que dificultava escutar possíveis gritos de socorro. (Com informações de agências)