Homem vira réu nos EUA por roubo de sapatos de heroína de 'O Mágico de Oz'
21:51 | Mai. 18, 2023
Um americano será julgado pelo roubo dos icônicos sapatos de cor rubi usados por Judy Garland no clássico do cinema "O Mágico de Oz".
O indiciamento de Terry Martin foi anunciado pelas autoridades federais do estado de Dakota do Norte na quarta-feira (17).
Os famosos sapatos de lentejoulas cor rubi brilhante desapareceram misteriosamente em 2005 do Museu Judy Garland, na cidade de Grand Rapids, em Minnesota, onde a atriz nasceu.
Depois, em 2018, e graças ao FBI, o famoso calcado reapareceu, um dos quatro pares usados durante a gravação do famoso filme de 1939.
Com o passar dos anos, a recompensa oferecida para quem encontrasse os sapatos foi crescendo, até o ponto em que um mecenas propôs 1 milhão de dólares (quase 5 milhões de reais, na cotação atual). Os promotores de Dakota do Norte avaliam o par hoje em 3,5 milhões de dólares (pouco mais de R$ 17 milhões).
Dois elementos principais explicam o status de quase relíquia destes sapatos: a veneração dos americanos por Judy Garland, lendária atriz e cantora que saltou à fama mundial aos 17 anos e morreu de forma trágica aos 47; e a importância de "O Mágico de Oz" no imaginário coletivo dos EUA, particularmente para as gerações das décadas de 1940 e 1950.
No filme musical adaptado do romance infantil homônimo, Dorothy, a jovem heroína, dá três batidinhas com os calcanhares de seus sapatos para realizar seu sonho mais querido: voltar para casa no Kansas.
Os promotores não detalharam a acusação contra Terry Martin. Mas, segundo o jornal Star Tribune de Minneapolis, o suspeito vive a cerca de 20 quilômetros do Museu Judy Garland, de onde os sapatos foram roubados em 2005, depois que o vidro que os protegia foi quebrado.
Ao receber um telefonema do jornal, o homem de 76 anos disse: "Tenho que ir a julgamento. Não quero falar com vocês".
Outro par dos sapatos de cor rubi está em exposição no Museu Nacional de História Americana em Washington, que arrecadou mais de 300.000 dólares em 2016 (pouco mais de R$ 1 milhão, na cotação da época) em uma campanha de financiamento participativo para devolver aos objetos seu brilho de outrora.
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