Estudantes criam "mulher" com IA e lucram R$ 500 com venda de fotos sensuais
Estudantes vendiam nudes de mulher criada com Inteligência Artificial e um dos consumidores afirma ter se "apaixonado" por ela. Veja detalhes
18:53 | Abr. 13, 2023
Dois estudantes enganaram diversos homens e os levaram a comprar “nudes” do que eles acreditavam ser uma mulher “perfeita”. Entretanto, a moça, chamada de Claudia, na verdade é um conjunto de imagens criadas com uso de aplicativos de Inteligência Artificial.
"Claudia" compartilhava fotos sensuais e oferecia conteúdos "mais picantes" para quem quisesse pagar o valor que ela cobrava. Porém, de acordo com o jornal Washington Post, a mulher falsa era um "experimento" criado por dois estudantes.
Eles utilizaram a ferramenta de IA Stable Diffusion, programa permite criar figuras extremamente realistas, para aplicar o golpe.
Os dois estudantes disseram em entrevista que conseguiram ganhar por volta de US$ 100, cerca de R$ 500 na cotação atual, com a “mulher”, vendendo suas fotos para usuários da rede social Reddit.
Estudantes vendiam nudes de "mulher" criada com imagens feitas por Inteligência Artificial
A farsa só foi descoberta quando outro internauta comentou na publicação informando que Claudia não era real.
"Para quem não sabe, vou matar a sua fantasia. Esta é literalmente uma criação de IA; se você trabalhou com modelos de imagem de IA e criou o seu próprio por tempo suficiente, pode dizer 10.000%. Desculpe estragar a surpresa, eu acho", comentou o usuário da rede social que revelou o esquema.
Um dos homens enganados por eles lamentou a situação e disse ter desenvolvido sentimentos por Claudia após conversar com ela antes de comprar o conteúdo erótico. "Eu fui enganado. Eu me apaixonei por uma garota online, mas tinha sido criada por inteligência artificial", contou decepcionado.
Após a polêmica, a Stability, a empresa responsável pelo gerador de Inteligência Artificial, informou que é proibida aos usuários a prática de utilizar a ferramenta para criar imagens “obscenas, lascivas, ofensivas e pornográficas” com a tecnologia.