TikTok: metade dos americanos usa o app

O CEO do TikTok, Shou zi Chew, comemorou, nesta terça-feira (21), os mais de 150 milhões de usuários mensais da rede social chinesa nos Estados Unidos, mas lamentou que os políticos falem de "proibir" a plataforma.

Chew testemunhará perante um comitê do Congresso na quinta-feira (23), onde deverá responder a perguntas de republicanos e de democratas que acusam os proprietários do aplicativo de terem vínculos com o Partido Comunista da China.

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As autoridades americanas e vários governos ocidentais acusam o TikTok de permitir que Pequim acesse os dados dos usuários, o que a plataforma sempre negou.

"Hoje fico animado de anunciar que mais de 150 milhões de americanos estão no TikTok. Isso é quase a metade dos Estados Unidos que vem ao TikTok para se conectar, criar, compartilhar, aprender, ou apenas se divertir", disse Chew, um cidadão de Singapura, em uma publicação do TikTok.

"Alguns políticos começaram a falar de proibir o TikTok", lamentou.

O CEO garantiu que compartilhará com o Congresso tudo o que estão fazendo "para proteger os americanos que usam o aplicativo".

O TikTok diz que trabalha há mais de dois anos com as autoridades americanas para tratar de questões de segurança nacional.

O tempo que os usuários nos Estados Unidos passam no TikTok superou o que eles dedicam ao YouTube, Facebook, Instagram, ou Twitter, e se aproxima do que eles gastam no Netflix, de acordo com o rastreador de mercado Insider Intelligence.

Shou zi Chew também mencionou as "cinco milhões de empresas" que usam o TikTok "para se comunicar com os consumidores" e os 7.000 funcionários da rede nos Estados Unidos.

"Diga-me nos comentários o que você deseja que seus representantes eleitos saibam sobre o que você gosta no TikTok", afirmou.

É a primeira vez que Shou zi Chew comparece ao Congresso dos Estados Unidos. Em janeiro, conversou em Bruxelas com várias autoridades europeias de alto escalão.

A pressão política contra o aplicativo disparou nos últimos meses. A Casa Branca proibiu que funcionários de instituições federais o tenham em seus smartphones.

A Comissão Europeia e os governos do Canadá e do Reino Unido tomaram decisões parecidas.

Na terça-feira, a BBC aconselhou seu pessoal a remover o TikTok dos telefones de trabalho. E, na semana passada, o governo americano exigiu que a ByteDance, empresa matriz do TikTok, venda o aplicativo, ou corre o risco de ser proibida no país.

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