Promotor de NY oferece a Trump a oportunidade de prestar testemunho diante de júri
Um promotor de Nova York ofereceu a Donald Trump a oportunidade de prestar testemunho diante de um grande júri a respeito de um suposto suborno pago a uma atriz pornô com quem teria mantido um relacionamento, um procedimento que pode resultar em um indiciamento, informou a imprensa dos Estados Unidos.
Os jornais The New York Times e The Washington Post afirmam que Trump foi convidado a prestar depoimento na próxima semana sobre os 130.000 dólares que, supostamente, foram entregues à atriz pornô conhecida como Stormy Daniels em 2016, antes da eleição presidencial.
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Os dois jornais citam fontes que estão a par dos procedimentos realizados pelo promotor do distrito de Manhattan, Alvin Bragg, um democrata que assumiu o cargo em janeiro.
De acordo com o New York Times, uma proposta como esta "quase sempre significa que um indiciamento está próximo".
A Promotoria de Nova York não respondeu imediatamente ao pedido de comentários da AFP.
Se o indiciamento for confirmado, este seria o primeiro procedimento do tipo contra um ex-presidente americano.
Trump denunciou na quinta-feira, em sua rede Truth Social, uma "caça às bruxas política, uma tentativa de derrubar o principal candidato, de longe, no Partido Republicano".
"Nunca tive um caso com Stormy Daniels, nem gostaria de ter um caso com Stormy Daniels", afirmou, sem confirmar se recebeu a oferta de prestar testemunho.
Candidato a um novo mandato na Casa Branca, Trump é alvo de várias investigações a nível federal e estadual por atos que aconteceram antes, durante e depois de seu mandato, mas não foi indiciado até o momento.
Uma acusação formal pode ter impacto em sua candidatura à eleição presidencial de 2024.
Duas semanas antes da eleição de novembro de 2016, o advogado pessoal de Trump, Michael Cohen, teria repassado 130.000 dólares à atriz pornô - cujo nome verdadeiro é Stephanie Clifford - para ela permanecesse em silêncio sobre o relacionamento que teve com o magnata republicano.
O advogado afirmou que o dinheiro foi reembolsado posteriormente.
Por não ter sido contabilizado de maneira correta, o reembolso a Cohen pode levar a um indiciamento contra Trump por contravenção em Nova York, mas a acusação pode ser elevada a um crime se a falsa contabilidade for empregada para dissimular um segundo delito, como uma violação de financiamento de campanha, afirmou o New York Times.
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