Brasileiro que carregava carne humana diz que material era prova de um crime

Homem que tentou fugir da Europa com carne humana na mala afirma que o material que transportava era prova do crime de outra pessoa

O brasileiro que foi preso em Portugal em fevereiro tentando deixar o país com carne humana na mala e usando documentos de identificação falsos deu novos depoimentos sobre o caso. De acordo com o suspeito, o material que ele carregava era a prova de um crime que o homem que ele matou cometeu.

Begoleã Mendes Fernandes, o suspeito do caso, alegou ter matado o também brasileiro Alan Lopes como legitima defesa. Em atualização do crime, Fernandes afirmou que Lopes o tentou oferecer carne humana para consumo e o mostrou vídeos de canibalismo

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A carne humana encontrada na mala de Fernandes, no entanto, não pertence a Lopes. A informação foi confirmada pela polícia holandesa.

A defesa do suspeito afirma que o motivo do transporte da carne em questão seria provar a inocência dele e identificar os envolvidos. A fala seria comprovada por uma ferida na mão direita de Fernandes, que tera sido sofrida após ele agarrar a faca para se defender.

Além disso, os advogados de Fernandes afirmam que ele teria fugido da Holanda para evitar que fosse morto.

"[A legítima defesa é] comprovada através do agarrar a lâmina com a mão direita para impedir que fosse morto, e a prova continua bem visível na mão direita. Só tentou fugir da Holanda, mais uma vez, para evitar ser morto", afirmou o advogado contratado pela família do suspeito.

Segundo informações do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF), Begoleã Mendes Fernandes, de 26 anos, tentava embarcar para Belo Horizonte (MG) com documentos falsificados quando foi detido.

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A prisão ocorreu na segunda-feira, 27 de fevereiro. O brasileiro levantou suspeitas após apresentar um cartão de identidade italiano, além de outros documentos com nomes de outras pessoas.

Begoleã morava em Amsterdã e, de acordo com testemunhas da sua cidade natal, Matipó (MG), intencionava tornar-se lutador profissional.

Após a apreensão de Begoleã, a SEF entrou em contato com as autoridades holandesas e recebeu a informação de que o homem era suspeito de participar de um assassinato na noite anterior ao voo, no domingo, 26.

Na mala do brasileiro, foram encontradas roupas com marcas de sangue, uma amarra e pedaços de carne envoltos em plástico, de aparência "suspeita". O item foi encaminhado ao Instituto Médico-Legal de Lisboa, que confirmou que os itens eram, de fato, carne humana.

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As amostras analisadas, porém, foram confirmadas como não sendo da vítima do assassinato, Alan Lopes. Lopes, que morava com a família na capital holandesa, foi morto a facadas, de acordo com as declarações da irmã dele, Kamila Lopes. 

A irmã da vítima informou que Begoleã era um frequentador da casa da família deles, chegando até a dormir na residência quando não tinha outro local para passar a noite. O irmão, Alan, trabalhava como açougueiro na cidade e, ainda de acordo com ela, fazia empréstimos frequentes ao suspeito.

Apesar das declarações, a irmã de Alan negou que o assassinato possa ter sido motivado pelas dívidas. Lopes explicou que a polícia de Amsterdã não divulga informações sobre a morte, mas que existe uma hipótese de o irmão ter levado golpes de luta para ficar desacordado, ficando vulnerável ao ataque. (Colaborou Camila Garcia/Especial para O POVO)

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