Sobe para 65 número de mortes confirmadas após chuvas no litoral norte de SP
São Sebastião, um balneário turístico situado a cerca de 200 km da cidade de São Paulo, recebeu mais de 680 milímetros de chuva em um período de 24 horasO número de mortes confirmadas pelas chuvas históricas que arrasaram o litoral norte do estado de São Paulo subiu para 65, informou o governo paulista neste domingo (26), após a descoberta de um corpo uma semana após o temporal.
"Até o momento, 65 óbitos foram confirmados, sendo 64 em São Sebastião e um em Ubatuba", dos quais já foram identificados "21 homens adultos, 17 mulheres adultas e 19 crianças", informou em nota divulgada à noite o governo do estado, que mais cedo havia reportado 64 mortes.
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São Sebastião, um balneário turístico situado a cerca de 200 km da cidade de São Paulo, recebeu mais de 680 milímetros de chuva em um período de 24 horas no fim de semana passado, mais que o dobro do esperado para todo o mês e o maior volume acumulado em um dia na história do Brasil, segundo as autoridades.
Após a descoberta de outro corpo na tarde deste domingo, as autoridades concluíram as buscas por desaparecidos na região mais afetada pelo temporal, a localidade de Vila do Sahy, segundo a GloboNews, citando fontes da Defesa Civil.
O governo de São Paulo, que durante a semana chegou a reportar cerca de 30 desaparecidos, não respondeu à AFP se continuaria com as buscas em outros lugares.
Mais de 2.400 pessoas continuavam fora de suas casas, segundo o último balanço oficial.
O Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) alertou a população de São Sebastião sobre o risco de que ocorram "deslizamentos residuais" nas próximas horas, devido a "pancadas de chuvas isoladas" previstas para a segunda-feira na região.
No entanto, "não se trata de eventos generalizados, nem com a mesma magnitude dos eventos do final de semana", ponderou.
Na quinta-feira, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, admitiu que o sistema de alerta à população por mensagens SMS não foi suficiente para evitar a tragédia, e anunciou a instalação de sirenes em áreas de risco e a construção de casas para os desabrigados.
Segundo os especialistas, eventos extremos como este são causados pela combinação dos efeitos da mudança climática com a urbanização desordenada.
Cerca de 9,5 milhões de pessoas vivem em áreas de risco no Brasil, sujeitas a deslizamentos e inundações.