Lula reafirma proposta de grupo de países para negociar paz entre Ucrânia e Rússia

Lula se recusou a enviar munições para a Ucrânia, afirmando que o Brasil é um "país de paz". O presidente causou polêmica no ano passado, ao dizer que o presidente ucraniano, Volodimir Zelensky, era "tão responsável quanto" Vladimir Putin no conflito

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva reiterou nesta sexta-feira (24), no primeiro aniversário da guerra entre Rússia e Ucrânia, sua proposta de criar um grupo de países para instaurar uma mesa de negociações, o que Moscou disse estar estudando.

"No momento em que a humanidade, com tantos desafios, precisa de paz, completa-se um ano da guerra entre a Rússia e a Ucrânia. É urgente que um grupo de países, não envolvidos no conflito, assuma a responsabilidade de encaminhar uma negociação para restabelecer a paz", tuitou o presidente de esquerda.

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Lula havia divulgado sua proposta pela primeira vez após uma conversa com o chanceler alemão, Olaf Scholz, em Brasília, em 30 de janeiro.

O vice-ministro russo das Relações Exteriores, Mikhail Galuzin, garantiu nesta sexta que Moscou está avaliando a ideia.

"Tomamos nota das declarações do presidente do Brasil sobre uma possível mediação para encontrar formas de prevenir uma escalada na Ucrânia", disse Galuzin à agência russa de notícias TASS.

"Estamos examinando iniciativas, principalmente do ponto de vista da política equilibrada do Brasil e, é claro, levando em conta a situação 'no terreno'", acrescentou o vice-ministro.

Lula se recusou a enviar munições para a Ucrânia, afirmando que o Brasil é um "país de paz". O presidente causou polêmica no ano passado, ao dizer que o presidente ucraniano, Volodimir Zelensky, era "tão responsável quanto" Vladimir Putin no conflito.

O ministro brasileiro das Relações Exteriores, disse nesta sexta que o Brasil não tem respostas prontas, mas busca dialogar com outras nações para discutir caminhos para a construção da paz.

"O Brasil não chega para o debate em curso, portanto, com a pretensão de apresentar uma solução pronta. Chega, sim, para ouvir e para dialogar com os países e blocos dispostos a explorar o caminho do entendimento", declarou, em um artigo no jornal O Estado de S. Paulo.

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