Guerra da Ucrânia: 10 fotos que sintetizam um ano de sofrimento

Imagens que mostram a dor e o horror causados pelo conflito iniciado com a invasão russa em 24 de fevereiro de 2022

A guerra na Ucrânia se tornou sinônimo de terrível sofrimento e destruição, mas também de extrema bravura e solidariedade sem precedentes.

Olena Kurilo, professora ferida em bombardeio na cidade de Chuhuiv, leste da Ucrânia
Olena Kurilo, professora ferida em bombardeio na cidade de Chuhuiv, leste da Ucrânia (Foto: ARIS MESSINIS / AFP)

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24 de fevereiro de 2022: país em choque

Apesar de semanas de especulação sobre se ocorreria ou não, a Rússia surpreende, em 24 de fevereiro de 2022, a Ucrânia e o mundo inteiro com a decisão de invadir sua vizinha e ex-república soviética.

O choque exibido no rosto coberto de curativos de Olena Kurilo, uma professora de 52 anos ferida em um bombardeio na cidade de Chuhuiv, no leste da Ucrânia, refletia o de todo um país. Sua resistência, também.

“Nunca, sob nenhuma condição, me submeterei a Putin. É melhor morrer”, disse Kurilo, cuja fotografia se tornou uma das imagens simbólicas da guerra.

Pai se despede da filha na estação central de trem de Odessa, na guerra da Ucrânia
Pai se despede da filha na estação central de trem de Odessa, na guerra da Ucrânia (Foto: BULENT KILIC / AFP)

7 de março de 2022: êxodo em massa

Logo no início da guerra, os ucranianos começam a partir do país de carro, ônibus, trem ou a pé, principalmente pelas fronteiras com a Polônia, Hungria e Romênia.

Os homens em idade para o combate recebem a ordem de ficar, o que leva a cenas de desoladoras despedidas, como esta imagem na estação central do porto de Odesa, em 7 de março, em que um pai vê sua filha partir.

Horror: repórteres encontram cenário de desolação e morte ao entrarem em Bucha, a noroeste de Kiev, na Ucrânia
Horror: repórteres encontram cenário de desolação e morte ao entrarem em Bucha, a noroeste de Kiev, na Ucrânia (Foto: RONALDO SCHEMIDT / AFP)

2 de abril de 2022: horror em Bucha

Um mês depois do começo da guerra, o exército russo anuncia sua retirada do norte da Ucrânia após fracassar em sua tentativa de tomar Kiev. Surge assim o horror do ocorrido nas cidades e povoados que ocupou.

Em 2 de abril, repórteres entramr na recém-libertada Bucha, nos subúrbios de Kiev, e descobrem corpos de ao menos 20 civis, alguns com as mãos presas atrás das costas, espalhados em uma rua residencial.

As imagens captadas pelo fotógrafo Ronaldo Schemidt provocam um protesto mundial e fazem com que a Rússia se veja acusada de crimes de guerra, o que Moscou nega.

Soldado russo em teatro destruído em Mariupol, na Ucrânia. Foto feita durante incursão organizada pelas dorças militares russas
Soldado russo em teatro destruído em Mariupol, na Ucrânia. Foto feita durante incursão organizada pelas dorças militares russas (Foto: Alexander NEMENOV / AFP)

12 de abril de 2022: Mariupol em ruínas

Uma cidade acima de todas simboliza o sofrimento da primeira parte da guerra: o porto de Mariupol, no sul, destruído durante um sitiamento brutal de três meses.

Esta foto, feita em uma visita organizada pelas forças russas em 12 de abril, mostra as ruínas de um teatro devastado por um ataque realizado pela Rússia enquanto centenas de pessoas se refugiavam lá dentro.

Forças ucranianas disparam contra tropas russas no Donbass, região do leste em parte em mãos de separatistas pró-Rússia desde 2014
Forças ucranianas disparam contra tropas russas no Donbass, região do leste em parte em mãos de separatistas pró-Rússia desde 2014 (Foto: ARIS MESSINIS / AFP)

15 de junho de 2022: batalha por Donbass

Após a retirada no norte, as forças russas se concentraram no Donbass, uma região do leste em parte em mãos de separatistas pró-Rússia desde 2014.

Os ucranianos, em desvantagem em poder de fogo, pedem ao Ocidente armas mais poderosas para repelir o ataque.

A França envia vários sistemas Caesar, canhões de 155 milímetros montados em caminhões, como este capturado em pela ação pelo fotógrafo Aris Messinis, perto da cidade de Kurakhove, na região de Donetsk.

Ponte de 19 quilômetros entre a Rússia e a  anexada península da Crimeia, sobre o estreito de Kerch. Foto de fotógrafo amador que não quis se identificar
Ponte de 19 quilômetros entre a Rússia e a anexada península da Crimeia, sobre o estreito de Kerch. Foto de fotógrafo amador que não quis se identificar (Foto: AFP)

8 de outubro de 2022: ponte bombardeada na Crimeia

O prestígio da Rússia sofre um duro golpe em 8 de outubro quando a ponte de 19 quilômetros que une o território continental russo com a anexada península da Crimeia sobre o estreito de Kerch, orgulho do presidente Vladimir Putin, é parcialmente destruída.

As redes sociais ucranianas são inundadas por imagens da ponte - desprezado símbolo da anexação russa - em chamas e com uma densa fumaça preta.

O governo ucraniano nega estar por trás do ataque.

Esta fotografia foi feita da cidade de Kerch, na Crimeia, por um fotógrafo amador que não quis revelar sua identidade.

Drone explosivo, em imagem captada pelo fotógrafo da AFP Yasuyoshi Chiba, antes de explodir 100 metros adiante, em Kiev, na guerra da Ucrânia
Drone explosivo, em imagem captada pelo fotógrafo da AFP Yasuyoshi Chiba, antes de explodir 100 metros adiante, em Kiev, na guerra da Ucrânia (Foto: Yasuyoshi CHIBA / AFP)

17 de outubro de 2022: aparecem drones explosivos

A represália pelo ataque à ponte de Kerch chega na forma de mortíferos ataques contra Kiev e outras cidades que têm como objetivo principal destruir a infraestrutura energética ucraniana.

Em 17 de outubro, moradores de Kiev acordam com o zumbido dos drones explosivos de fabricação iraniana dirigindo-se a seus alvos.

O fotógrafo Yasuyoshi Chiba captura a imagem de um deles quando o dispositivo passa sobre sua cabeça e antes de explodir a 100 metros de distância.

Homem beija soldada ucraniana enquanto população celebra nas ruas a libertação de Kherson das tropas russas
Homem beija soldada ucraniana enquanto população celebra nas ruas a libertação de Kherson das tropas russas (Foto: BULENT KILIC / AFP)

13 de novembro de 2022: Kherson libertada

A Rússia sofre um importante revés em 9 de novembro quando suas tropas abandonam a cidade de Kherson, no sul da Ucrânia, ocupada desde o início da guerra e objeto de uma forte contraofensiva.

Dias mais tarde, os habitantes de Kherson celebram a chegada das forças ucranianas, embora a euforia seja limitada diante do temor de que a Rússia continue atacando a cidade, algo que faz repetidamente.

Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, discursa perante o Congresso dos Estados Unidos, em 21 de dezembro de 2022
Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, discursa perante o Congresso dos Estados Unidos, em 21 de dezembro de 2022 (Foto: Jim WATSON / AFP)

21 de dezembro de 2022: Zelensky em Washington

A guerra oferece ao ator que se tornou presidente da Ucrânia, Volodimir Zelensky, o maior papel de sua vida, como o incansável comandante-em-chefe que tenta conseguir apoio na épica batalha de seu país contra o poderoso exército russo.

Sem sair de Kiev, embarca em uma turnê virtual pelos parlamentos de seus aliados ocidentais para pedir mais armas e ajuda.

Sua ofensiva diplomática tem seu auge em dezembro com sua primeira viagem fora de seu país, aos Estados Unidos, onde fala perante o Congresso. “A Ucrânia nunca se rendirá”, diz, dando lugar a aplausos de pé de todos os presentes.

Trincheira cavada por militares ucranianos perto da cidade de Bakhmut, no leste da Ucrânia
Trincheira cavada por militares ucranianos perto da cidade de Bakhmut, no leste da Ucrânia (Foto: Yasuyoshi Chiba / AFP)

1º de fevereiro de 2023: guerra de trincheiras

À medida que os meses passam, os confrontos copiam o estilo dos confrontos de trincheiras da Primeira Guerra Mundial, com soldados dos dois lados suportando condições duríssimas em pleno inverno.

Esta foto, capturada também por Yasuyoshi Chiba, mostra militares ucranianos cavando uma trincheira perto da cidade de Bakhmut, no leste, objeto de uma das batalhas até o momento mais sangrentas da guerra.

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