Operação israelense deixa cinco palestinos mortos em Jericó
Uma operação israelense na Cisjordânia ocupada deixou cinco palestino mortos nesta segunda-feira (6), informou um oficial das forças policiais, depois de vários dias procurando por suspeitos de um tiroteio perto de Jericó.
O Hamas, que controla da Faixa de Gaza, confirmou que vários de seus combatentes foram mortos em "um confronto armado com a ocupação sionista", sem dar mais detalhes.
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A operação ocorreu em meio à escalada da violência entre israelenses e palestinos, e após as autoridades de Jericó alertarem que a cidade estava "sob cerco" desde um tiroteio no dia 28 de janeiro.
De acordo com um oficial israelense, que pediu anonimato, as forças policiais estavam com os corpos dos cinco palestinos mortos durante a operação no campo de refugiados de Aqabat Jaber, perto de Jericó.
O exército de Israel, que havia indicado anteriormente que "vários combatentes armados foram mortos depois de atirar em soldados" neste campo de refugiados, não relatou baixas em suas fileiras.
Já o Ministério de Saúde palestino informou que "três (palestinos) foram atingidos por balas em uma ocupação israelense durante o ataque a Jericó", um dos quais estava em estado crítico.
Israel, por sua vez, afirmou que o alvo do ataque era "o grupo de terroristas do Hamas que realizou o tiroteio" no final do mês passado, quando dois homens armados se aproximaram de um restaurante em um assentamento israelense perto da cidade palestina, segundo o exército.
Um dos homens abriu fogo no local, mas sua arma travou após o primeiro tiro, que não causou feridos. Os suspeitos fugiram e, desde então, o exército fortaleceu sua presença nos arredores de Jericó e aumentou as buscas nos postos de controle.
O líder do Hamas, Ismail Haniyeh, qualificou a operação como um "massacre abominável".
"Os heróis do acampamento Aqabat Jabr lutaram até a morte como mártires para defender sua terra e seus lugares sagrados", afirmou em um comunicado. "Os repetidos massacres cometidos pelo inimigo na Cisjordânia se tornarão uma catástrofe para eles", acrescentou.
Já o governador de Jericó, Jihad Abu al Aasal, denunciou "um crime hediondo que se soma aos crimes diários perpetrados pela ocupação contra nosso povo palestino (...) Pedimos ao mundo que pare a ocupação e proteja nosso povo", disse à AFP.
Na quarta-feira, ele acusou Israel de "sitiar" Jericó, após o ataque ao restaurante.
Esta nova incursão militar israelense na zona autônoma palestina ocorre no auge do aumento da violência entre israelenses e palestinos desde o início do ano.
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