Ucrânia proíbe funcionários de alto escalão de tirar férias no exterior
O governo ucraniano proibiu seus funcionários de alto escalão e todos os representantes eleitos de saírem de férias no exterior, enquanto durar a invasão russa, em meio a recentes escândalos envolvendo autoridades.
Adotada na sexta-feira (27), a respectiva resolução do governo "já entrou em vigor", disse à AFP o porta-voz da Guarda de Fronteira do país, Andrey Demchenko, nesta segunda (30).
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"Agora, podem sair apenas como parte de uma missão", acrescentou.
Logo depois do início da invasão russa, lançada em fevereiro de 2022, a Ucrânia proibiu homens em idade de lutar (entre 18 e 60 anos) de viajarem para o exterior, salvo raras exceções, como no caso de funcionários públicos, os quais precisariam da autorização de seus superiores.
A nova resolução significa que os funcionários de alto escalão poderão sair de férias no exterior apenas se forem visitar seus filhos, se forem submetidos a tratamento médico, ou em caso de morte de um familiar, detalhou Demchenko.
A proibição também se estende às funcionárias de alto escalão, assim como às deputadas e políticas locais, segundo o documento publicado no site do governo.
A deputada Iryna Gerashchenko denunciou no Facebook uma "decisão populista" que, em sua opinião, "discrimina milhares de mulheres ucranianas e seus filhos". A Ucrânia tem cerca de 15.000 mulheres eleitas localmente.
A resolução do governo foi adotada depois que a imprensa noticiou que um vice-procurador-geral, posteriormente demitido, havia saído recentemente de férias para Marbella, na Espanha.
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