Soldado russo é morto após desertar de base militar

As autoridades russas anunciaram nesta quarta-feira (18) ter matado a tiros um soldado que desertou de uma base militar enquanto vários veículos noticiaram que ele teria abandonado sua unidade mobilizada para a ofensiva na Ucrânia.

"Dmitry Perov, procurado por deixar voluntariamente uma unidade militar sem autorização, foi encontrado e eliminado", disse o governo da região de Lipetsk, no oeste da Rússia, em comunicado no Telegram. A fonte não indicou onde ele foi morto ou em que circunstâncias.

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O escritório local da empresa estatal de comunicação VGTRK informou que o soldado de 31 anos havia desertado da "zona da operação militar especial na Ucrânia" e era procurado nas regiões de Voronej e Lipetsk.

Segundo a estatal, citando fontes anônimas, o homem poderia estar armado com uma metralhadora, granadas e tentava chegar à sua cidade natal, na região de Lipetsk.

Vários casos de deserção de soldados russos na Ucrânia foram noticiados nos últimos meses.

Nesta quarta-feira, o jornal Kommersant informou que um processo criminal foi iniciado contra oito soldados acusados de deixar uma base em dezembro na região de Luhansk, na Ucrânia, levando suas armas. Eles teriam viajado de táxi para a Rússia.

No início de dezembro, as forças de segurança russas também prenderam um fugitivo acusado de ter atirado em um policial e suspeito, segundo a imprensa, de ser um desertor do grupo paramilitar Wagner.

Após o lançamento da ofensiva na Ucrânia, o presidente russo, Vladimir Putin, assinou emendas que preveem até 10 anos de prisão para os soldados que desertarem ou se recusarem a lutar.

Diante de reveses importantes na frente ucraniana, Putin ordenou em setembro a convocação de 300.000 reservistas para combaterem na Ucrânia, levando dezenas de milhares de russos a fugir do país para evitar o recrutamento.

bur/pz/mab/zm/jc

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