Antiga 'noiva do EI' enfrenta Justiça australiana

Uma australiana resgatada de um campo de detenção sírio compareceu ao tribunal, nesta sexta-feira (6), por acusações relacionadas com o papel de seu ex-marido no grupo jihadista Estado Islâmico (EI).

Mariam Raad, de 31 anos, foi repatriada em outubro junto com um grupo de esposas e filhos de combatentes do EI. As mulheres alegaram que chegaram à Síria obrigadas, ou enganadas por seus maridos.

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A polícia australiana prendeu Mariam na quinta-feira (5), porém, por considerar que ela sabia que seu ex-marido era um importante recrutador do EI e que havia "viajado voluntariamente para a região do conflito".

Após a audiência no tribunal, ela foi solta sob liberdade condicional até uma nova audiência em março. Enquanto isso, teve seu passaporte retirado, e foi-lhe proibido ver "propaganda" de qualquer "organização terrorista".

A mulher corre o risco de ser condenada a até dez anos de prisão por viajar para áreas controladas pelo EI na Síria, um crime sob a lei australiana.

Seu ex-marido, Muhammad Zahab, era um ex-professor de Matemática em Sydney. De acordo com a polícia federal australiana, ele foi morto em um ataque aéreo em 2018.

A repatriação de Raad, realizada junto com outras três mulheres e 13 crianças, foi a primeira de uma série de missões para devolver 20 mulheres e 40 crianças australianas detidas em acampamentos na Síria. O retorno das chamadas "noivas do EI" é polêmica no país, e alguns políticos dizem que representam um risco à segurança nacional.

sft/djw/cwl/dbh/atm/tt

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EI Siria política Australia

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