ONU pede ao México para 'proteger' jornalistas, e não atacá-los
As autoridades mexicanas devem "garantir a segurança" dos jornalistas, e não atacá-los, exigiu o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos, nesta terça-feira (20), dias depois de o jornalista mexicano Ciro Gómez Leyva ter escapado ileso de um atentado na Cidade do México.
"Os jornalistas precisam de proteção, não de ataques das autoridades", tuitou o Alto Comissariado, que pediu ao México que "cumpra sua obrigação de garantir sua segurança".
É + que streaming. É arte, cultura e história.
"Se não fizer isso, contribui não apenas para a autocensura, mas também encoraja a violência contra a mídia", observou a agência.
O pedido foi feito depois de o jornalista mexicano Ciro Gómez Leyva, conhecido apresentador de rádio e televisão, ter sido alvo de disparos na capital federal, em 15 de fevereiro.
O presidente mexicano, Andrés Manuel López Obrador, condenou o ataque, embora o jornalista seja alvo de suas provocações.
Um dia antes do ataque, o presidente havia declarado, ironicamente, que ouvir Gómez Leyva e outros jornalistas rebeldes com sua administração é "prejudicial à saúde".
Segundo o jornalista, duas pessoas atiraram contra ele de uma motocicleta, a 200 metros de sua casa.
Gómez Leyva saiu ileso, pois as balas atingiram o para-brisa, uma janela e a carroceria de sua caminhonete blindada.