Suíça suspende programa de acolhimento de refugiados vulneráveis
As autoridades da Suíça alegaram nesta segunda-feira (19) que o país não possui mais capacidade de acolhimento suficiente devido aos fugitivos da guerra na Ucrânia e, por conta disso, o país suspendeu a participação em um programa da ONU para realocação de refugiados vulneráveis.
"O programa de realocação não será questionado, apenas as admissões serão suspensas temporariamente", explicou o porta-voz da Secretaria do Estado para Migrações (SEM), Lukas Rieder, em um e-mail à AFP.
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Desta forma, confirmou a informação divulgada na véspera pelos jornais NZZ e Le Temps.
O Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (ACNUR) busca realocar em outros países alguns dos refugiados mais vulneráveis, que vivem em condições precárias em suas estruturas de acolhimento.
Para 2022, o ACNUR estimou que aproximadamente 1,5 milhão de pessoas precisariam de assistência. No entanto, o programa previsto para esta tarefa só poderia atender uma parte deles.
A Suíça, com 8,7 milhões de habitantes, se comprometeu em transferir 1.820 refugiados vulneráveis em 2022 e 2023.
Entretanto, segundo os jornais citados, o Ministério da Justiça decidiu suspender o programa no final de novembro.
Rieder argumentou que o sistema de asilo suíço está sob "forte pressão" em termos de capacidade de alojamento e que, por este motivo, foi "recomendada a suspensão temporária das admissões" no programa durante neste e no próximo ano.
A decisão será revisada no primeiro semestre de 2023, especificou o porta-voz.
Cerca de 100 mil solicitações de asilo e refúgio chegaram na Suíça este ano, das quais 70 mil vieram da guerra na Ucrânia. Este é um número não visto desde a Segunda Guerra Mundial.
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