Klinsmann diz que Copa precisa de jogadores que assumam riscos, como Messi e Mbappé

O ex-jogador alemão Jurgen Klinsmann disse neste sábado que a Copa do Mundo de 2022 reiterou a necessidade de contar com jogadores que assumam riscos, como Lionel Messi e Kylian Mbappé, um dia antes da final entre Argentina e França.

Messi e Mbappé dividem a artilharia do torneio com cinco gols cada um e se enfrentam no estádio Lusail no domingo.

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"É preciso ter jogadores capazes de ir no um contra um, jogadores que podem superar os defensores," afirmou Klinsmann, membro do grupo de estudos técnicos da Fifa.

"Assuma riscos, seja corajoso, porque o meio-campo está muito bem organizado", acrescentou o campeão do mundo pela Alemanha em 1990.

A tendência das seleções de povoar as zonas centrais do campo levou a um considerável aumento no número de gols marcados explorando cruzamentos (45), quase o dobro do total (24) no Mundial de 2018.

Klinsmann mencionou a Espanha, eliminada nas oitavas de final pelo Marrocos nos pênaltis, como um exemplo de equipe que pagou o preço de um enfoque baseado na posse de bola e sem jogo pelas laterais.

Apesar de dominar a posse e trocar 1.000 passes, o time espanhol deu só um chute a a gol nos mais de 120 minutos da partida contra os 'Leões do Atlas'.

"Esse estilo de jogo só funciona se você tiver efetividade na área e marcar gols", afirmou Klinsmann, mencionando a decisão de Pep Guardiola de contratar Erling Haaland para o Manchester City.

"As características do futebol moderno são que todo mundo ataca e defende. A parte explosiva, correr para entrar por trás da linha defensiva sem a bola, é muito importante", continuou o ex-técnico do Arsenal Arsène Wenger, diretor de desenvolvimento de futebol da Fifa.

Wenger declarou que Argentina e França se adaptaram bem às demandas da Copa do Mundo, elogiando a recuperação da 'Albiceleste' após a derrota na estreia para a Arábia Saudita (2 a 1).

"As bolas longas foram muito usadas para superar os defensores e o ritmo teve um papel importante", acrescentou.

"Argentina e França são duas equipes que aprenderam rápido. Nunca é fácil chegar à final depois de perder o primeiro jogo. O treinador (Lionel Scaloni) encontrou rapidamente o equilíbrio indicado na equipe no segundo jogo", concluiu Wenger.

mw/gh/dam/cb

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