Lula acusa Bolsonaro de incentivar violência após distúrbios em Brasília

O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva vinculou o chefe de Estado em fim de mandato, Jair Bolsonaro, ao fascismo, nesta terça-feira (13), acusando-o de promover manifestações violentas, um dia depois de bolsonaristas radicais enfrentarem a polícia e incendiarem veículos em Brasília.

"Esse cidadão até agora não reconhece sua derrota, continua incentivando os ativistas fascistas que estão na rua se movimentando", disse Lula, que venceu Bolsonaro no segundo turno, em 30 de outubro, com 50,9% dos votos contra 49,1%.

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"Ele segue o rito que todos os fascistas seguem no mundo", acrescentou Lula, que assumirá seu terceiro mandato em 1º de janeiro, após presidir o país entre 2003 e 2010.

Apoiadores de Bolsonaro tentaram invadir a sede da Polícia Federal, em Brasília, na noite de segunda-feira e forças de ordem atiraram bombas de gás lacrimogêneo e balas de borracha em uma tentativa de dispersá-los.

No centro da capital federal, vários carros e ônibus foram danificados e incendiados.

Os manifestantes protestavam contra a prisão de um cacique indígena, acusado de protagonizar manifestações antidemocráticas em diferentes pontos do Distrito Federal, inclusive em frente ao hotel onde Lula está hospedado - a aproximadamente 1 km do epicentro dos confrontos -, segundo a polícia.

Desde a derrota de Bolsonaro, seus apoiadores bloqueiam rodovias e protestam em frente a quartéis militares, pedindo às Forças Armadas que impeçam a posse de Lula.

Lula comparou o bolsonarismo a movimentos de extrema direita existentes em Espanha, Itália, França, Hungria, Estados Unidos e Argentina.

O presidente eleito falou à imprensa durante um ato em Brasília após receber informações de sua equipe de transição sobre a situação do Estado brasileiro.

Também nesta terça, foram anunciados novos nomes que irão compor o futuro governo.

A cantora Margareth Menezes disse ter aceitado o convite para assumir o Ministério da Cultura. Ela será a primeira mulher e pessoa negra a integrar o gabinete de Lula.

Para dirigir o Banco Nacional de Desenvolvimento Social (BNDES), Lula anunciou Aloizio Mercadante, figura histórica do Partido dos Trabalhadores (PT) e que foi ministro da Ciência e Tecnologia, da Educação e da Casa Civil durante os governos de Dilma Rousseff (2011-2016).

Na semana passada, o presidente eleito anunciou os nomes dos titulares dos ministérios da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino; das Relações Exteriores, Mauro Vieira; da Casa Civil, Rui Costa, da Fazenda, Fernando Haddad; e da Defesa, José Múcio Monteiro.

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