Tite se despede da Seleção com "derrota dolorida", mas "em paz"

O técnico Tite se despediu da Seleção Brasileira nesta sexta-feira com uma "derrota dolorida" para a Croácia nas quartas de final da Copa do Mundo do Catar, mas afirmou que sai "em paz" consigo mesmo pelo trabalho realizado em seus seis anos à frente da equipe.

"Derrota dolorida, porém em paz comigo mesmo. Fim do ciclo", disse o treinador em entrevista coletiva depois da partida, no estádio Cidade da Educação.

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Tite, que assumiu a Seleção em junho de 2016, tinha anunciado em fevereiro que deixaria o cargo após o Mundial do Catar.

O treinador levou o Brasil às quartas de final na Copa da Rússia, em 2018, quando a equipe foi eliminada pela Bélgica (2 a 1).

Agora, no Catar, cai na mesma fase, embora desta vez nos pênaltis (4-2), após empate em 1 a 1 nos 120 minutos de tempo normal e prorrogação.

"Agora sim foi um processo inteiro, antes foi de recuperação. Agora teve uma sequência inteira, o desempenho vocês fazem, os jogos estão aí para a mostra e análise", afirmou.

"Dividimos a alegria, dividimos a tristeza. Ninguém mais que nós queríamos dar essa alegria. Temos uma geração que está surgindo, que ela vai se fortalecendo nas adversidades", continuou.

Tite considerou que a falta de efetividade de sua equipe foi a causa da eliminação para a Croácia, que precisou de apenas um chute na direção do gol para levar a partida para os pênaltis.

"A gente criou e botou um volume muito grande, com número de participações efetivas nas finalizações. O goleiro deles foi eleito o melhor do campo, também tem que dar mérito a eles", afirmou.

O treinador, que pretende continuar sua carreira na Europa, compareceu à entrevista coletiva ao lado de seus auxiliares Cléber Xavier e César Sampaio e do coordenador da Seleção, Juninho Paulista.

Em seis anos e meio de trabalho, o Brasil perdeu apenas três jogos oficiais com Tite: contra a Bélgica em 2018, contra a Argentina de Lionel Messi na final da Copa América de 2021, e contra Camarões na fase de grupos no Catar.

O técnico se despede com o título da Copa América de 2019, e sem poder quebrar o jejum do Brasil em Mundiais desde 2002.

raa/psr/cb

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