Bolsonaro mantém silêncio em primeiro ato público após eleições

O presidente Jair Bolsonaro encerrou semanas de reclusão e participou, neste sábado (26), de um ato na Aman (Academia Militar das Agulhas Negras), mas ficou em silêncio, um mês após sua derrota eleitoral para Luiz Inácio Lula da Silva.

Em seu primeiro evento oficial desde o segundo turno em 30 de outubro, Bolsonaro presidiu a solenidade de formatura de oficiais da Aman, em Resende, no Rio de Janeiro.

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Vestido com terno escuro e gravata, permaneceu de pé acompanhado do vice-presidente Hamilton Mourão, e do ministro da Defesa, Paulo Sérgio Nogueira, ambos generais.

Mas o presidente, que deixa o poder à meia-noite de 31 de dezembro, não se dirigiu aos cerca de 400 aspirantes a oficial e demais presentes.

"Permita-me abrir estas breves palavras agradecendo ao senhor presidente da República, presidente Bolsonaro, por sua presença que muito brilho empresta a este evento", declarou o comandante do Exército Marco Antônio Freire.

Desde sua derrota eleitoral, Bolsonaro, de 67 anos, permanece praticamente confinado à residência oficial do Alvorada.

Sua agenda inclui apenas algumas reuniões com ministros e aliados.

Suas contas nas redes sociais, muito ativas durante sua presidência, estão praticamente silenciosas há quase um mês.

Três dias depois da eleição, ele reapareceu para pedir a seus seguidores que desbloqueassem as estradas.

Desde então, não se pronunciou publicamente. Também não compareceu à cúpula do G20 em Bali ou à conferência do clima COP27 no Egito.

Assessores e aliados deram várias explicações para sua ausência, desde uma suposta "tristeza" pela derrota nas urnas até erisipela, uma infecção bacteriana da pele que afetaria uma de suas pernas.

Parte de seus seguidores continuam se manifestando em frente aos quartéis de várias cidades, exigindo uma intervenção militar contra os resultados das urnas.

Neste sábado, segundo a imprensa local, Bolsonaro cumprimentou vários apoiadores em frente à academia militar que pediam uma intervenção das Forças Armadas "contra a fraude" nas urnas.

rsr/dg/mr

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