Cúpula das espécies ameaçadas discute ratificação 'histórica' de proteção a tubarões
A cúpula sobre comércio de espécies ameaçadas no Panamá debate nesta quinta-feira (24) a ratificação de uma proposta "histórica" para proteger os tubarões, que restringiria drasticamente o lucrativo tráfico de barbatanas no mundo.
Esta iniciativa foi a mais debatida no Comitê I desta COP19 da Convenção sobre o Comércio Internacional de Espécies Ameaçadas da Fauna e da Flora Silvestres (CITES), que começou em 14 de novembro, e a última palavra está com o plenário, reunido desde a manhã desta quinta.
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Copatrocinada pela União Europeia e 15 países, entre eles o anfitrião da cúpula, a proposta consiste em colocar as 54 espécies da família Carcharhinidae e dos tubarões-martelo (Sphynidae) no Anexo II da CITES.
O Anexo II inclui as espécies com comércio regulado, enquanto o Anexo I abrange as espécies com comércio proibido.
Se o plenário aprovar a proposta, "seria uma decisão histórica, pois primeira vez a CITES estaria gerenciando um número muito alto de espécies de tubarões, que seria aproximadamente 90% do mercado", declarou à AFP a delegada panamenha, Shirley Binder.
As barbatanas podem chegar a custar 1.000 dólares o quilo em mercados da Ásia oriental, onde são ingrediente de uma sopa muito apreciada. Estas duas famílias de tubarões representam mais da metade do tráfico mundial de barbatanas, que movimenta 500 milhões de dólares por ano e tem seu centro em Hong Kong.
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