Chanceler alemão alerta para 'renascimento' de combustíveis fósseis

O chefe do governo alemão, Olaf Scholz, exortou nesta segunda-feira (7) os participantes da COP27 a não perderem de vista suas metas de energia renovável, apesar do impacto da invasão russa à Ucrânia.

"Não pode haver um renascimento mundial dos combustíveis fósseis", disse o chanceler alemão em discurso na cúpula do clima em Sharm el-Sheikh, no Egito.

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"Em relação à Alemanha, eu posso dizer: não haverá", completou.

A maior economia da Europa tem sido fortemente atingida pela diminuição das importações russas de energia e o aumento dos preços após o início da guerra na Ucrânia.

Para combater uma possível escassez de energia durante o inverno no hemisfério norte, o governo decidiu reabrir temporariamente suas usinas de carvão.

Scholz, porém, afirmou que essa medida emergencial será "por um período curto".

"Estamos decididos a abandonar o carvão", insistiu o chanceler social-democrata, que lidera uma coalizão com os verdes e os liberais.

Para Scholz, a transição para as energias renováveis "não é apenas um imperativo climático, econômico e ambiental", mas também "um imperativo de segurança", ilustrado pela dependência da Alemanha em relação à energia russa.

"Cada décimo de grau de aquecimento a menos significa menos secas e inundações, menos conflitos de recursos, menos fomes e perda de safras e, portanto, mais segurança e prosperidade", enfatizou o líder alemão.

Scholz garantiu que a Alemanha está disposta a dar um apoio "ainda mais forte" aos países em desenvolvimento, que poluem menos, mas são mais afetados pelas consequências do aquecimento global.

O chefe de governo prometeu que a Alemanha aumentaria sua contribuição para a luta contra o aquecimento global em 2025 para 6 bilhões de euros por ano, contra 5,3 bilhões em 2021.

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