Acusado de apoiar nazismo, rapper Ye volta ao Twitter

Após artista dar declarações antissemitas, perfil na rede social foi suspenso em 10 de outubro; ex-funcionários acusam Ye de elogiar Hitler e nazistas

O perfil do rapper Ye no Twitter foi restaurado na quinta-feira, 3, após ser suspenso em 10 de outubro por falas antissemitas. Horas antes do retorno, uma reportagem da rede NBC News revelou acusações de que o cantor Kanye West, o Ye, demonstrou abertamente apoio a ideais nazistas.

A matéria entrevistou uma série de ex-funcionários do rapper, que falaram sob condição de anonimato por terem assinado acordos de confidencialidade. Ao menos seis pessoas alegaram ter presenciado Ye elogiar o ditador alemão Adolf Hitler (1889-1945) e citar teorias da conspiração envolvendo judeus.

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Em alguns casos, o artista teria feito acordos extrajudiciais para que as acusações não fossem divulgadas. A reportagem da NBC teve acesso aos documentos e confirmou a proibição de que os ex-funcionários falassem publicamente sobre o tema.

Outra situação teria ocorrido durante uma entrevista de Ye ao tabloide online TMZ. O rapper teria afirmado "amar" Hitler e os nazistas. Quatro funcionários do site confirmaram a fala do artista.

Após a frase, um produtor do site, que é judeu, chegou a confrontar o rapper. Ye teria reagido sem palavras, apenas sorrindo.

O fundador e editor-chefe do TMZ, Harvey Levin, teria ordenado à equipe de edição que removesse o trecho da versão final da entrevista. O objetivo, segundo um dos funcionários, seria evitar a propagação de discurso antissemita.

 

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