Biden se engaja em campanha eleitoral para salvar os democratas

O presidente Joe Biden viaja nesta quinta-feira (3) ao Novo México para tentar salvar os democratas da derrota nas eleições de meio de mandato da próxima semana, consideradas decisivas para a democracia americana.

O presidente planeja visitar uma universidade pública deste estado do sudoeste para elogiar sua política em favor do acesso ao Ensino Superior.

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Recentemente, Biden decidiu eliminar parcialmente as dívidas contraídas por milhões de americanos para ir à faculdade, medida muito criticada pela oposição republicana pelo custo envolvido.

Biden "também mencionará as consequências desastrosas para a classe média americana se os republicanos seguirem em frente com seu plano de privar milhões de pessoas do alívio da dívida, enquanto dão US$ 3 trilhões para gigantes farmacêuticas, multinacionais e ultrarricos", afirmou a Casa Branca, resumindo à sua maneira os projetos econômicos dos conservadores.

Os democratas vão para as eleições de 8 de novembro, que podem lhes custar a maioria no Congresso, com duas mensagens: Joe Biden é o presidente da classe média e o defensor da democracia.

Nessas eleições, toda a Câmara de Representantes, mais de um terço do Senado, bem como vários governadores e cargos locais serão renovados.

O presidente democrata de 79 anos sabe que muito está em jogo e, na quarta-feira à noite, fez um discurso dramático sobre a democracia.

Ele estimou que, ao negar o resultado das últimas eleições presidenciais e ameaçar com contestar as eleições da próxima semana, os republicanos mais radicais que defendem o ex-presidente Donald Trump podem mergulhar o país no "caos".

"Não podemos mais tomar a democracia como garantida", alertou.

Biden também se esforça para se apresentar, nesta reta final da campanha, como um presidente preocupado com a classe trabalhadora, em contraste com os republicanos, a quem acusa de defender os ricos.

Mas tem tido dificuldades para passar tal mensagem ao eleitorado em um contexto de inflação descontrolada, que se faz sentir nas compras e nos postos de gasolina, anulando os efeitos do forte crescimento e de um mercado de trabalho em expansão.

Os democratas perderam pontos entre o eleitorado popular, em comparação com a campanha liderada pelos republicanos em torno de questões muito específicas: alta dos preços e criminalidade.

Por sua vez, Donald Trump, onipresente na campanha republicana, viaja nesta quinta-feira para Iowa, um estado rural e predominantemente branco do centro-norte que há muito é considerado um "estado oscilante", o que significa que se inclina para a esquerda ou para a direita, dependendo das eleições.

Mas parece que, com o passar dos anos, tem se inclinado mais para os conservadores.

Por outro lado, o Novo México, para onde Biden se dirige, tem sido um reduto democrata. Mas também lá os conservadores estão ganhando terreno na campanha para governador, focada em questões de segurança.

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