Bolsonaro e Lula encerram campanha na véspera da eleição presidencial
A campanha eleitoral no Brasil termina neste sábado (29) com disputas nas ruas entre os candidatos Jair Bolsonaro (PL) e Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que apresenta vantagem nas pesquisas para a eleição de domingo.
Depois de se enfrentarem no último debate televisionado na noite de sexta-feira, em que ambos se acusaram incessantemente de mentir, cada um irá ao encontro dos eleitores em pontos-chave para suas aspirações.
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Lula ficou à frente no primeiro turno com 48% dos votos contra 43% de Bolsonaro, resultado que quebrou as projeções que antecipavam uma vantagem confortável para o ex-presidente. Na pesquisa de quinta-feira do Instituto Datafolha, o líder de esquerda está à frente com 53% contra 47%. Neste sábado, o instituto publicará a última pesquisa.
Bolsonaro, de 67 anos, vai liderar uma motociata em Belo Horizonte, capital de Minas Gerais (sudeste), o segundo maior colégio eleitoral do país depois de São Paulo.
O presidente busca a reeleição após um mandato de quatro anos marcado especialmente pelas crises sanitária e econômica desencadeadas pela pandemia e que mataram 688 mil pessoas no Brasil e suas relações tensas com as instituições.
Na reta final da eleição, ele apresentou a lenta recuperação da atividade como conquistas de seu governo, principalmente a queda recente da inflação e a queda do desemprego, que ficou em 8,7% em setembro.
E "isso com uma pandemia e uma guerra que afeta toda a economia mundial (...) Ainda há muito a fazer", escreveu ele em sua conta no Twitter.
Bolsonaro planeja encerrar sua visita com uma manifestação, enquanto seu adversário concentrará seu último esforço em São Paulo.
Lula, que aos 77 anos recentemente aspira a voltar ao poder depois de governar a maior economia da América Latina entre 2003 e 2010, prepara a chamada "caminhada da vitória" pela emblemática Avenida Paulista.
"O Brasil precisa de um governo que volte a cuidar da nossa gente, especialmente de quem mais necessita. Precisa de paz, democracia e diálogo", escreveu Lula em carta dirigida aos eleitores, na qual atacou o país de "ódio, mentiras, a intolerância" que, segundo ele, Bolsonaro representa.
Exceto por mudanças em suas agendas, os dois candidatos planejam encerrar assim uma tensa disputa eleitoral, carregada de ofensas e desinformações, principalmente por meio das redes sociais.