Mais de seis mil filhotes de tartarugas são soltos no Peru para repovoar a Amazônia
16:52 | Out. 29, 2022
Mais de seis mil filhotes de três espécies ameaçadas de tartarugas foram devolvidas à natureza progressivamente, em lagos e lagoas da Amazônia peruana, para colaborar com seu repovoamento, informou o Serviço Nacional de Áreas Naturais Protegidas (Sernanp).
"No total, liberamos em lagos e rios da Amazônia 6.142 filhotes de tartarugas das espécies tracajá, tartaruga-da-amazônia e cágado-de-barbicha que estão ameaçadas na Amazônia", disse à AFP Gustavo Montoya, diretor do Parque Nacional Cordilheira Azul do Sernanp (Sernanp).
"Com a liberação destas espécies em risco será possível repovoar lagoas e rios da Amazônia", destacou Montoya.
As espécies tracajá, tartaruga-da-amazônia e cágado-de-barbicha foram liberadas recentemente no Cushabatay e Shaypaya, afluentes do rio Ucayali, um dos principais do Peru.
A tartaruga tracajá (Podocnemis unifilis) mede entre 30 e 40 cm em sua fase adulta. A tartaruga-da-amazônia (Podonecmis expansa) em, em média um metro de comprimento. A cágado-de-barbicha (Phrynops geoffroanus) alcança de 25 a 30 cm.
O Sernanp destacou que o número de filhotes liberados este ano representa mais de 70% do número de filhotes de quelônios aquáticos soltos em 2021 (4.424 filhotes).
Segundo Montoya, o repovoamento consiste em coletar e selecionar os ovos e transferi-los das praias naturais dos rios amazônicos para as praias artificiais que o Sernanp prepara em uma zona de segurança, onde são incubados artificialmente por 60 dias até a eclosão.
O Parque Nacional Cordilheira Azul está localizado na área de transição entre a selva alta e a planície amazônica entre os rios Huallaga e Ucayali, nas regiões de San Martín, Loreto, Ucayali e Huánuco. Possui área de 1,3 milhão de hectares e abriga 280 espécies de aves e 71 mamíferos.
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