Lula 'alerta' para vantagem menor em pesquisa, mas confiante na vitória
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), favorito para vencer o segundo turno, admitiu nesta quinta-feira (20) que o avanço do presidente Jair Bolsonaro (PL) na última pesquisa de intenções de voto é um "alerta", mas disse confiar em sua vitória em 30 de outubro.
"A pesquisa serve apenas para nos alertar", afirmou Lula durante coletiva de imprensa, um dia depois de o Instituto Datafolha atribuir a ele 49% das intenções de voto (sem variação em relação à pesquisa anterior), contra 45% para Bolsonaro, que avançou um ponto dentro da margem de erro (+/- 2 pontos).
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Em uma campanha que começou, de forma não oficial, há mais de um ano, Lula foi durante vários meses o franco favorito. Em maio, segundo o Datafolha, tinha 21 pontos de vantagem sobre Bolsonaro.
Mas o presidente conseguiu encurtar a distância e no primeiro turno, em 2 de outubro, obteve 43% dos votos, apenas cinco atrás do líder do PT, uma distância muito menor, inclusive, do que os institutos de pesquisa previam.
Na reta final da campanha, a disputa está, inclusive, mais apertada, com os candidatos se esforçando para conquistar os eleitores indecisos (1%) e os que dizem que vão votar em branco ou nulo (4%).
"Estamos disputando o chamado voto de abstenção, das pessoas que não foram votar [...] porque a eleição está muito parelha, fica cada vez mais apertado o número de pessoas que a gente tem que convencer", explicou Lula na coletiva no Rio de Janeiro.
Mas, "estou certo de que nós vamos ganhar as eleições", acrescentou.
"Acho impossível ele tirar a diferença em uma semana, mesmo fazendo as loucuras que ele faz, as mentiras que ele conta."
Nas últimas semanas, a campanha esteve repleta de desinformação e desqualificações, incluindo acusações de canibalismo, pedofilia ou vínculos com o crime organizado.