França descreve como 'encenação' supostas 'confissões' de franceses detidos no Irã
A França denunciou, nesta quinta-feira (6), como "encenação indigna" as alegadas "confissões" de espionagem de um casal francês detido no Irã, a quem descreveu como "reféns de Estado".
"Cécile Kohler e Jacques Paris estão detidos arbitrariamente no Irã desde maio de 2022 e são, nesse sentido, reféns de Estado", diz uma declaração do Ministério das Relações Exteriores da França.
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Pouco antes, o site da televisão estatal iraniana havia divulgado o que apresentava como "confissões" de espionagem dos dois franceses presos em maio no Irã.
"A encenação de suas supostas confissões é indigna, repugnante, inaceitável e contrária ao direito internacional", disse o Ministério das Relações Exteriores, que pediu sua "libertação imediata".
No vídeo publicado no site de língua árabe Al Alam, a funcionária do sindicato dos professores franceses, Cecile Kohler, diz que é uma "agente do DGSE", o serviço de inteligência francês.
Kohler e seu parceiro Jacques Paris estão detidos no Irã desde 7 de maio e são acusados de tentar provocar distúrbios trabalhistas no país.
O Irã anunciou a prisão do casal, que entrou com visto de turista, em 11 de maio, dizendo que veio ao país "com a intenção de causar caos e desestabilizar a sociedade".
No vídeo, Kohler indicou que ela e Paris estavam no Irã "para preparar as condições para uma revolução e a derrubada do regime islâmico iraniano".
Afirmou também que planejam financiar greves e manifestações e até usar armas "para lutar contra a polícia".
Mais de uma dezena de cidadãos ocidentais, principalmente binacionais, estão detidos ou bloqueados no Irã, o que várias ONGs denunciam como uma política de "fazer reféns" para obter concessões de potências ocidentais.
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