Naufrágio em Galápagos deixa quatro mortos, entre eles dois estrangeiros=
O naufrágio de uma embarcação com 37 pessoas a bordo nas Ilhas Galápagos, no Oceano Pacífico, deixou quatro mortos, incluindo um americano-israelense e um colombiano, disseram fontes oficiais equatorianas nesta segunda-feira (26).
O acidente ocorreu na noite de domingo a 2,5 milhas náuticas de Baía Tortuga, perto de Puerto Ayora, capital da ilha de Santa Cruz.
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A Chancelaria disse que os mortos são "dois equatorianos, um colombiano e um americano-israelense".
Acrescentou que a pessoa com dupla nacionalidade entrou no Equador com passaporte americano e que "estamos fazendo um trabalho com os respectivos consulados dos estrangeiros falecidos para dar todo o apoio necessário".
Entre as 37 pessoas a bordo, havia pelo menos 14 estrangeiros, procedentes de Israel, Alemanha, Espanha, Estados Unidos e Suíça, segundo uma fonte oficial de Galápagos que pediu à AFP para não ser identificada.
No balanço mais recente, o Conselho do Governo de Galápagos (que reúne várias autoridades locais) disse em comunicado que "há 31 pessoas resgatadas, 4 pessoas mortas e 2 pessoas desaparecidas, correspondentes aos membros da tripulação".
Mas esses dois tripulantes "chegaram à terra, nós os salvamos", disse o contra-almirante Patricio Caicedo, diretor de Espaços Aquáticos da Marinha, em entrevista coletiva posterior.
"Não sabíamos quem estávamos salvando quando os tiramos da água. Então, quando começamos a verificar quem eram, percebemos que tinham desaparecido do local", acrescentou.
"Eles estão sendo procurados para depor na capitania", disse o oficial.
O Ministério Público informou o início de uma investigação e disse que "estão sendo coordenadas as ações para localizar o capitão do barco, que está foragido".
O barco percorreu a rota de 80 km entre Puerto Villamil, capital de Isabela, e Puerto Ayora.
Isabela é a maior ilha de Galápagos, um parque nacional Patrimônio da Humanidade e famoso santuário de fauna localizado no Pacífico, a quase mil quilômetros da costa do Equador.
O prefeito de Santa Cruz, Ángel Yánez, disse à imprensa que a capitania do porto de Isabela registrou 39 pessoas para a viagem, mas que "dois passageiros permaneceram na ilha".
Yánez afirmou que "as condições do mar eram fortes" e poderiam ter contribuído para o naufrágio.
No entanto, os sobreviventes afirmaram que os três motores do navio tiveram problemas para ligar e que havia falta de combustível, que foi fornecido por um barco que chegou vazio.
Depois de várias tentativas "fomos com um único motor", disse Jhony Mestanza, um dos resgatados, a jornalistas.
Ele acrescentou que o barco "tinha água entrando e quando percebemos a água já estava nos joelhos".
"Não tínhamos nenhum tipo de colete (coletes salva-vidas), proteção ou bóia. A maior parte do que eles fizeram foi pegar as almofadas para poderem se salvar", disse Mestanza, lembrando que o incidente "poderia ter sido evitado mudar para o outro barco (que foi reabastecer) ou voltar para o outro porto".
Em 2012, um atuneiro com 19 pessoas naufragou perto das Ilhas Galápagos, no Pacífico equatoriano, deixando dois mortos e três desaparecidos. Dois tripulantes foram encontrados vivos.
No evento mais recente, em abril passado, uma embarcação usada para atividades de mergulho entre turistas naufragou enquanto transportava diesel naquele arquipélago, sem deixar vítimas.
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